Karyaka diz não temer concorrência de Simão

Fonte
abola.pt
Karyaka ainda não assinou um contrato estipulado em quatro temporadas, mas já fala à reforço. Garante que não é problema, dado que confia inteiramente no presidente German Tkachenko, o homem que conduziu as negociações, e promete tudo fazer para começar a trabalhar na Luz ao mesmo tempo que os futuros companheiros. A Liga dos Campeões, sublinhou, foi aquilo que mais o seduziu, mas Ronald Koeman é também atractivo. Seguro de si e ambicioso, não receia a concorrência de Simão, pois um clube da dimensão do Benfica tem de ter concorrência à altura. Dois capitães para um lugar. Trabalhou ontem à tarde, provavelmente «um dos últimos treinos com a camisola do Krylia Sovietov Samara », como explicou Vladimir Konstantinov, dirigente do clube russo, e poucos minutos após o final da sessão já estava a conversar telefonicamente com A BOLA. As primeiras impressões sobre esta mudança radical na sua vida, dado que nunca representou qualquer equipa do ocidente, marcaram o arranque do diálogo com o russo. «O Benfica é um clube de categoria e coloca sempre alto a fasquia. Por lá passaram jogadores que merecem muito respeito. E tem Ronald Koeman, treinador que me motiva e com quem vou ter, seguramente, grande satisfação em trabalhar. Fundamental, também, foi o facto de o Benfica estar na Liga dos Campeões», rematou o internacional russo, que conhece «muito bem» as qualidades de Simão, jogador que mais o «impressiona», mas por quem não sente outra coisa senão respeito: «Não tenho receio da concorrência de Simão. Mal seria se um clube com a dimensão do Benfica não tivesse concorrência à altura e vários jogadores a lutar pelas mesmas posições.» Karyaka, que conversou com o ex-portista Alenitchev, que lhe disse «maravilhas do País» e «recomendou a mudança», não considera ter feito o contrato da sua vida: «Será bom, mas quero ainda melhor. Espero chegar a um clube ainda maior, embora esteja apenas concentrado no Benfica. Este é, aliás, um passo em frente em relação ao Samara.» Jogador confiante, ou não fosse capitão de equipa, diz-se «modesto», mas não disfarça objectivos. «Vou para ser titular», garante quem traça de si próprio um retrato aliciante e... sincero: «Remato bem com os dois pés, sou forte no drible em velocidade e penso que o meu maior defeito prende-se com a recuperação de bola.»