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wwwmaisfutebol.iol.pt
Miguel não vai apresentar-se esta segunda-feira, no regresso ao trabalho dos encarnados, por entender que o contrato que possuía com o Benfica terminou na última quinta-feira.
Na prática, Miguel assume a ruptura com o Benfica. É um passo dado depois de no final da semana o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, ter tornado público o mau momento que passava a relação entre o clube e, sobretudo, os representantes do jogador. Por esses dias já era intensa a troca de faxes entre os advogados do Benfica, João Correira, e de Miguel, Dias Ferreira.
O jogador começou por pedir ao clube que lhe mostrasse cópia do contrato que os dirigentes alegavam existir. Tratar-se-á de um vínculo assumido no final de 2003 e que seria válido por mais três ou quatro anos, dependendo das versões.
Acontece que o jogador nunca terá recebido esse documento e agora manifestou curiosidade em saber exactamente o que ficara escrito. Uma pretensão que, de acordo com fontes próximas do processo, o Benfica não satisfez, embora Miguel tenha conseguido aceder ao documento por outras vias.
Os contratos devem ser reconhecidos notarialmente, em presença de quem os assina, e depois registados na Federação Portuguesa de Futebol. São estes passos que agora levantaram algumas dúvidas.
Nos faxes enviados ao Benfica, Miguel mostrou-se disponível para uma conversa que pudesse esclarecer todas as dúvidas, o que não sucedeu até ao fim-de-semana. Uma vez que os advogados que o aconselham entendem que o contrato de 2003 não é válido, o lateral resolveu não se apresentar. Afinal, o vínculo anterior terminou na última quinta-feira, dia 30 de Junho. E para o internacional português é esse que conta.
A ausência na apresentação, esta segunda-feira, é só o passo mais visível de uma questão que se arrastou na última semana. O caso promete agitar o arranque do Benfica 2005/06. Resta saber se Miguel terá condições para regressar à Luz ou se é mesmo o adeus. As próximas horas ajudarão a perceber a exacta dimensão do desentendimento.