Entrevista a J. Alves

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Record
João Alves: «Treinador principal pode definir modelo» TÉCNICO DO JUNIORES ADMITE A MESMA TÁCTICA PARA TODOS AS EQUIPAS RECORD – Depois de 2004, o Benfica pode ser campeão de juniores? JOÃO ALVES – Entrei há pouco tempo, é cedo para dizer isso ou falar do que mudou. Posso apenas dizer que estamos a tentar passar mensagens, valores, de acordo com o padrão de um clube que se habituou a conquistar títulos com frequência. R – Defende o modelo único de jogo para todos os escalões? JA – Penso que tem de haver um fio condutor que seja seguido de baixo para cima, para que os mais novos tenham facilidade em integrar-se nos seniores. Mas defendo que o treinador principal deve ter a liberdade de colocar em prática as suas ideias, pode ser ele a definir o modelo, de modo a poder servir o Benfica da melhor maneira. Não pode ser tudo muito linear, mas tem de existir o fio condutor que guie os mais novos. R – Aposta-se nas antigas glórias para recuperar a mística? É fundamental? JA – É muito importante. É exactamente como o que acontece com uma família. Quando as crianças crescem, os pais transmitem sempre os valores necessários para uma vida séria. É o mesmo numa equipa. R – E os jovens percebem isso? JA – Sim. Há ali muita gente com talento e que de dia para dia está a fazer-se jogador. Mas há que acompanhá-los e ajudá-los a crescer. R – O Benfica lidera os campeonatos de juniores e iniciados; nos juvenis está na segunda posição; é já resultado das ideias implementadas? JA – Penso que sim, mas houve um factor fundamental, o centro de estágio, algo de fabuloso que o Benfica construiu ali. Romeu Ribeiro e Miguel Vítor são os primeiros produtos deste centro de estágio. R – Qual a razão da aposta em tantos estrangeiros? JA – Não tem havido uma aposta maior nos jogadores estrangeiros. Há cerca de 80 a 90 por cento de portugueses na equipa. Mas existe maior facilidade em termos de contratação; o produto nacional é muito mais caro. R – E a adaptação desses jovens? JA – Sabem a importância do nome do Benfica e que o clube tem uma marca muito grande no futebol europeu. Por isso têm conseguido adaptar-se da melhor maneira. Autor: HUGO NEVES