Léo "desencana" de seleção e descarta retorno ao Brasil tão logo

Considerado um dos maiores laterais da história do Santos, Léo acredita que concorrência pelo lado esquerdo impediu que disputasse uma Copa do Mundo Carlos Padeiro, especial para o Pelé.Net SÃO PAULO - Numa época em que são poucos os jogadores que se identificam com um clube no futebol brasileiro, Léo obteve a proeza de ser considerado por muitos torcedores o maior lateral-esquerdo de todos os tempos do Santos. Mesmo assim, não conseguiu disputar uma Copa do Mundo pela seleção brasileira. (Leia entrevista exclusiva) Bicampeão nacional (2002 e 2004) nos cinco anos que defendeu a camisa alvinegra, o carioca de 32 anos, hoje no Benfica, de Portugal, figura no "Time dos Sonhos" da Revista Placar, segundo pesquisa realizada no ano passado. Léo roubou a vaga de Rildo, e tem como companheiros Gilmar, Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Alex, Zito, Clodoaldo, Coutinho, Pepe, Robinho e o rei Pelé. "Nunca escondi meu carinho pelo Santos. Fui muito feliz nos cinco anos em que joguei lá. Ser eleito para essa seleção é um orgulho muito grande e comprova que meu esforço dentro de campo foi reconhecido pela torcida, já que eu sempre lutei muito em todos os jogos", declarou Léo ao Pelé.Net, pela sua assessoria de imprensa. Mas falta ao currículo do jogador participar de uma Copa do Mundo. O máximo que conquistou pela seleção pentacampeã do mundo foi o título da Copa das Confederações de 2005, como reserva de Gilberto. "Todo jogador tem a pretensão de disputar uma Copa, e comigo não é diferente. Mas tenho a consciência de que, nos últimos anos, o Brasil tinha vários laterais-esquerdos excelentes", argumentou. "Quando fiz parte do grupo que conquistou a Copa das Confederações de 2005, criei uma expectativa de que poderia ir para a Alemanha no ano seguinte, mas infelizmente isso não aconteceu", acrescentou. Na convocação que Carlos Alberto Parreira fez para o Mundial da Alemanha, em 2006, o ex-santista foi preterido por Roberto Carlos e Gilberto, hoje o titular de Dunga. "Confesso que 'desencanei' um pouco da seleção", admitiu o atleta, que iniciou carreira no Americano, do Rio de Janeiro, em 1995. "O Gilberto e o Kleber são dois laterais excelentes e vivem um grande momento". Com contrato assinado até maio de 2008 com o Benfica, Léo informa que não pretende voltar ao Brasil tão logo apesar das propostas que já recebeu. "Pretendo ficar mais um tempo na Europa, se possível no Benfica, e depois voltar ao Brasil. Se puder encerrar minha carreira no Santos, ficarei muito feliz".