Andrade e Sousa

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Fonte
Record
R - Destacou os nomes de Soares Oliveira e Paulo Gonçalves. Há mais "não benfiquistas" com protagonismo? AS - Jorge Gomes, um portista. Foi um homem que integrou o departameno de futebol do FC Porto durante dez anos e esteve ligado ao triste episódio da creolina colocada no balneário do Benfica, quando, em 1990/91, ganhá-mos 2-0 nas Antas, com golos de César Brito. O presidente Jorge de Bitro até teve de sair de ambulância. Esse homem trabalha hoje na prospecção do Benfica e só reporta ao presidente. Na semana passada esteve na Roménia a observar jogadores e tentou, mais tarde juntar-se a Vieira e Gonçalves no Brasil. R - Entre os diversos processos que teve em mãos, o de Nuno Assis foi, sem duvida, dos mais mediáticos. Quem tomou a decisão de avançar para um recurso que fez com que o jogador estivesse mais seis meses inactivo do que o inicialmente previsto? AS - A Comissão Disciplinar da Liga suspendeu-o por seis meses e a administração de SAD entendeu,a meu conselho obviamente, apresentar recurso, pois considerou a decisão injusta. Houve uma natural manifestação de repúdio, pois o jogador estava inocente. Não sabiamos que o processo se iria a arrastar. Dizer que procedemos mal é demagogia. R- Pode perceber-se pelas suas palavras que não está, ou não estava, sozinho na luta contra os "não benfiquistas"...Quer referir-se a outros dirigentes? AS - Há uma cabeça que o dr. Soares Oliveira gostaria de obter, que é a do vice-presidente Mário Dias. R - O "pai" do novo Estádio da Luz... AS - Essa é a cabeça que Soares Oliveira gostaria. É o último entrave ao poder total. Mas esse os benfiquistas conhecem. Já fez mais pelo benfica do que Soares Oliveira fará em 100 anos. R - Há pelo menos um outro "portista" que já saiu do Benfica: José Veiga... AS - Conheço bem a história mas não vou comentar, devido às funções que exercia na altura... R- Há algum mistério por revelar? AS - Não há qualquer mistério. Posso falar apenas de questões políticas e não do meu exercício de funções. O afastamento dele foi um processo moroso. Arrastou-se muito. Mas julgo que a vontade de Soares Oliveira se revelou, uma mais vez, decisiva. R - Concordou com esta saída? AS - Não tive qualquer interferência...