SLB 1 - 3 SCP: O rugir do leão intimidou o voo das águias

Submitted by K_POBORSKY on
Estádio da Luz, 65 mil espectadores, boas condições climatéricas e um Benfica-Sporting, o primeiro «derby» de 2004. Estes foram os principais ingredientes para aquela que poderia ser uma noite de festa para os «encarnados». Em jogo relativo á 16.ª Jornada da SuperLiga, o Sporting foi á Luz arrancar três precisos pontos.

Sob arbitragem de Pedro Proença, o Benfica entrou em campo com Moreira na baliza; Miguel, Hélder, luisão e Ricardo Rocha na defesa; Fernando Aguiar, Tiago, Zahovic e Simão Sabrosa no meio-campo; Nuno Gomes e Sokota na frente do ataque.

1.ª Parte: O rugir do leão intimidou as águias...

O pontapé de saída para o jogo, coube ao Sporting, depois de ter sido cumprido um minuto de silêncio - que foi desrespeitado pela claque leonina - em memória de Fezas Vital, ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica, que faleceu no decorrer da semana passada.

A turma visitante entrou a todo o gás e com vontade de deixar marcas, visto que, logo ao primeiro minuto, já Simão Sabrosa sofria uma falta dura merecedora de cartão amarelo, que no entanto, não foi mostrado por Pedro Proença, o árbitro da partida que aos 7 minutos voltaria a falhar, desta feita ao assinalar um penalti inexistente sobre Silva. Moreira viu o primeiro amarelo do «derby». Rochemback inaugurou o marcador: 1-0 para os de Alvalade, para desânimo dos da casa.

Minutos mais tarde, a equipa de arbitragem voltaria a estar em destaque pela negativa, ao assinalar diversos foras-de-jogo inexistentes. Contudo, o Benfica em vez alguma esteve perto de marcar, salvo a excepção do remate de Tiao aos 14 minutos, por cima da barra. De facto, era noite não para o Benfica, que entrou nervoso na partida e completamente desorientado.

Camacho tentava acalmar os seus jogadores e aos 21 minutos, Simão teve nos seus pés a possibilidade de igualar a partida, após a marcação de um livre, ao qual Ricardo respondeu «presente». Os adeptos nas bancadas começavam a desesperar até porque a festa estava agora do lado dos leões.

O futebol do Benfica era pobre e com muitas perdas de bola e passes sem nexo. Só aos 30 minutos o Benfica esteve perto da baliza de Ricardo e foi Fernando Aguiar que esteve perto do golo, mas o camisola 16 atirou ao lado da baliza leonina. No contra-ataque o Sporting chegaria tranquilamente ao 2-0 após centro de Pedro Barbosa que consegue fugir a Hélder. A defesa «encarnada» completamente alheia a tudo e a todos, limita-se a ver a bola parar no fundo das suas redes.

Já bem perto do intervalo o Benfica, por intermédio dos seus jogadores, reclama golo, por alegada defesa de Ricardo no interior da sua baliza, após canto de Zahovic. Pedro Proença assim não entendeu, mas de facto, parece que a bola ultrapassou mesmo a linha de golo, o que levaria o marcador a reduzir a vantagem para 2-1 ainda antes do intervalo.

No contra-ataque leonino, o Benfica recupera a bola por intermédio de Tiago que cai no chão, após disputa de bola com Rochemback que foi expulso pelo árbitro da partida. No nosso entender, a equipa de arbitragem voltou a falhar. O intervalo chegari então, pouco depois á Luz, para acalmar os ânimos que se viviam nas bancadas e mesmo dentro do relvado, depois de alguns confrontos entre jogadores de ambas as equipas.

2.ª Parte: A águia tentou voar, mas o rugir do leão deixou-a por terra...{mostrarimagem("slbscp1.jpg","right","$legenda")}

Para o segundo tempo, camacho apostou em João Pereira e Petit, para os lugares de Fernando Aguiar e Zahovic. O Benfica melhorou, mas pouco. O jovem João Pereira veio dar algum ânimo á equipa que se virou mais para a baliza do Sporting.

Aos 53 minutos, um livre perigoso de Petit levou a bola a passar junto do poste de Ricardo. Cheirava a golo, o tal que tardava em aparecer. Pois só aos 56 minutos, o Benfica inaugurou a sua contagem, após tento de Luisão, mas ainda assim, foi precisa muita confusão para o brasileiro apontar o tento e reduzir para 2-1. Os adeptos ainda acreditavam e tentavam «acordar» os seus jogadores.

Dez minutos decorridos, Miguel comete falta sobre João Vieira Pinto e vê o segundo amarelo da noite e o respectivo vermelho. O Benfica ficava assim reduzido a dez, tal como o Sporting. Aos 65 minutos Ricardo voltou a estar em evidência após excelente remate de Nuno Gomes.

O jogo, contudo, voltava a caír de rítmo aos poucos e vinham ao topo os confrontos entre as estrelas da partida. Até ao final da partida, destaque apenas para mais algumas falhas do árbitro que também teve nota negativa esta noite, á semelhança da turma de Camacho.

Aos 70 minutos Lourenço, acabado de entrar, comete falta grave sobre Tiago e na marcação do livre, Simão atira ao ângulo, mas estava lá Ricardo. Treze minutos mais tarde, Nuno Gomes sofre falta na área e o árbitro manda seguir. Os protestos voltavam e o ambiente aqueceu ainda mais, quando já depois dos 90 minutos, Ricardo Rocha é expulso após lhe ser mostrado o segundo amarelo da noite e respectivo vermelho, por alegada falte no interior da área sobre Liedson.

Na marcação da penalidade, Sá Pinto fechou a contagem em 3-1, uma derrota pesada para os pupilos de Camacho. O jogo terminaria pouco depois, debaixo de muitos assubius por partes dos benfiquistas não só para a sua equipa, ams também para o árbitro da partida que saiu do recinto debaixo de uma chuva de objectos. A tristeza era visível no rosto dos adeptos da equipa da casa, constratando assim com a alegria do topo sul.

O Benfica afasta-se assim da luta pelo topo da tabela, estando agora a nove pontos do F.C. Porto.