Benfica vence mais uma "final"

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Trapattoni, apostou no esquema habitual em 4-2-3-1, com o recuperado Nuno Gomes na frente, no lugar do norueguês Karadas. O médio Petit, já refeito da lesão nas costelas sofrida na ronda anterior, também alinhou de início, ao lado de Manuel Fernandes.

Ainda assim, o Benfica, empurrado pelos mais de 60 mil adeptos presentes na Luz e que substituíram o minuto de silêncio em memória do Papa João Paulo II por uma forte ovação de pé, foi ultrapassando a inferioridade numérica ao centro com constantes desmarcações dos seus jogadores, empenhados e disponíveis.

Aos sete minutos, Simão fez uma abertura para a diagonal direita do ataque benfiquista, onde surgiu Miguel em velocidade. O lateral "encarnado" cruzou e, perante alguma atrapalhação de um defesa, Nuno Gomes "encostou", já na pequena área, para o 1-0.

Contudo, no minuto seguinte, Pena, respondendo a um cruzamento da direita de Alan, impôs-se aos centrais da casa, Ricardo Rocha e Luisão, e cabeceou de longe para o empate (1-1).

Num livre directo de Simão, Pena substitui o guarda redes Marcos e salvou o seu companheiro em cima da linha de golo, mas a bola foi ter com Miguel, novamente só na direita, que rematou rasteiro para Pena "confirmar". O defesa improvisado ainda tentou aliviar, mas a bola foi direita às malhas superiores da baliza, consumando-se o 2-1.

Quim com duas saídas em falso "gelou" alguns corações numa partida de forte emoção, mas opôs-se bem a Manduca, que surgiu sozinho num ataque rápido pelo centro do terreno.

Aos 23 minutos, o brasileiro Geovanni desenvencilhou-se de um adversário, na esquerda, e cruzou. Nuno Assis não chegou de cabeça, mas Nuno Gomes, ao segundo poste e com um "tiro" de primeira, ampliou o marcador para mais cómodos 3-1.

Depois de Silas ter perdido uma ocasião com todo o tempo do Mundo, já na grande área benfiquista, Van der Gaag aproveitou uma bola caprichosamente dividida entre Pena e Ricardo Rocha e rematou rasteiro para o 3-2, quando decorria ainda a meia-hora de jogo.

Adivinhava-se um Benfica mais frio e calculista na segunda parte, gerindo os preciosos três pontos, mas Pena não estava satisfeito e marcou, igualando Nuno Gomes, logo aos 48 minutos. Após cruzamento em que Quim podia ter feito melhor.

Depois, Petit e Manuel Fernandes ainda remataram forte de longe, obrigando o guarda-redes adversário a aplicar-se, mas o empate parecia ir premiar a aplicação dos dois conjuntos e castigar alguma desconcentração anfitriã, que originou perigosos contra-ataques do Marítimo.

Aos 67 minutos, a Trapattoni substituiu Geovanni pelo angolano Mantorras, que se juntou a Nuno Gomes, num esquema em 4-4-2, em que Nuno Assis recuou um pouco, mas o "sufoco" causado na defensiva maritimista apenas produziu uma bola ao poste, por Luisão.

Com a entrada de Karadas, aos 84, o Benfica cresceu ainda mais e chegou finalmente ao golo: numa jogada de insistência, Karadas e Nuno Gomes impuseram-se aos adversários na cabeça da área e a bola sobrou para Mantorras, que rematou rasteiro e cruzado.

Marcos ainda tocou na bola, mas esta encaminhou-se lentamente para dentro da baliza, com os adeptos benfiquistas em suspenso até à explosão de alegria final, com a quarta vitória consecutiva na Superliga e o nono encontro seguido em que a sua equipa fica invicta.

Benfica: Quim, Miguel, Luisão, Ricardo Rocha, Dos Santos, Petit, Manuel Fernandes, Geovanni (Mantorras, 67), Nuno Assis (Karadas, 84), Simão e Nuno Gomes (Bruno Aguiar, 91).

(Suplentes: Moreira, João Pereira, André Luís, Fyssas, Bruno Aguiar, Mantorras e Karadas).