Regresso de Rogério Vilela
Sem contar com o castigado André Lima (Zé Carlos foi o capitão), Adil Amarante pode contar com Rogério Vilela, 4 meses depois do último jogo do experiente jogador. Do lado do Freixieiro, a mesma equipa do 1ºjogo. Não houve novidades nos cincos iniciais.
Início louco
Ainda nem ia decorrido um minuto de jogo e o Benfica adiantou-se no marcador, numa jogada de insistência, com Costinha a colocar na ala direita em Gonçalo, que de primeira colocou ao 2ºposte, onde Zé Maria encostou para o primeiro golo, dedicado ao adepto benfiquista agredido em Matosinhos a semana passada. Bola ao centro, recuperação de bola do Benfica, contra-ataque, com Gonçalo a entregar a Ricardinho, que a 10 metros da baliza desferiu uma bomba inesperada para o fundo das redes.
Veneno Dan-Dan
Rapidamente a perder 2-0, Joaquim Brito recorreu à arma do 1ºjogo: Dan-Dan. Lançou o jovem brasileiro na quadra, que em 5 segundos fez golo, no primeiro erro defensivo do Benfica, que deixou Ivan e Dan-Dan nas costas da defesa. O capitão assitiu Dan-Dan para o 2-1. Pouco depois, novamente Dan-Dan a fazer golo, desta vez na recarga a uma defesa de Bebé, após remate de Wilson. Com a vantagem de 2 golos a ser anulada de modo tão rápido como foi conquistada, o Benfica viu as coisas a piorarem à passagem do minuto 8, quando Israel, numa soberba iniciativa individual, arrancou pela ala esquerda e deixou 3 adversários para trás, até atirar para o 2-3.
Respirar
Apanhado a ganhar, o Freixieiro fechou-se à frente de Toni, com o Benfica a sentir claras dificuldades em penetrar com êxito na teia defensiva dos visitantes, que sempre que podiam partiam em contra-ataques perigosos. O Benfica só de longe criou perigo, com destaque para uma bomba de Amandus ao poste e para um punhado de boas intervenções de Toni, sempre a remates de longe.
Génio
Quando as coisas estão mal, aparece Ricardinho. Aos 16 minutos, recebe uma bola na linha de fundo e sem olhar para a baliza, fuzila Toni. Um golo do outro mundo do mágico do Benfica. Até ao intervalo, nada de significativo a registar.
Reinicio também louco
O recomeço da partida foi um repetição em ponto pequeno do começo: aos 22 minutos, Zé Maria lança Gonçalo Alves na paralela, com o número 9 a desferir um excelente tiro para o 4-3. No reatar, Ivan rouba uma bola a Costinha, entra no meio campo do Benfica e remata, com a bola a bater em Zé Maria e a trair Bebé. No minuto seguinte, reposição de Costinha na lateral, remate cruzado de Gonçalo e Zé Maria a encostar mais uma vez ao 2ºposte, para o seu bis na partida.
Erro infantil
Os minutos seguintes, sem golos, foram de no entanto bastante emotivos, com as equipas sempre abertas à procura do golo, mas com algum desacerto defensivo de parte a parte, o que permitiu boas intervenções aos guarda-redes. O Freixieiro abusava da agressividade, e à quarta falta dura, Wilson viu o 2ºamarelo e foi expulso, iam decorridos 28 minutos. Estranhamente ineficaz no 4 x 3, aconteceu o inacreditável: Toni com um lançamento de baliza certeiro permitiu a Júlio César fazer o 5-5.
Cabeça fria e... Prolongamento
Após a distracção, o Benfica tentou um jogo mais frio, onde se destacou o regresso de Rogério Vilela. Apesar de estar sempre por cima, o Benfica não conseguiu chegar ao golo, e o prolongamento começou a pairar muito cedo na cabeça dos jogadores de ambas as equipas. No prolongamento, Ricardo fez o 5-6, numa bomba a 13 metros da baliza, indefensável. O Benfica reagiu logo a seguir, e numa jogada de insistência, Gonçalo Alves, a meias com Israel, empurrou para o 6-6, que não se alteraria na 2ªparte do prolongamento, onde o medo de errar se sobrepôs às tentativas para marcar.
Bebé, mais uma vez
Nos penalties, destaque para Bebé. Depois de ter dado a Supertaça ao Benfica, Bebé voltou a ser o herói. Defendeu 2 grandes penalidades, viu outra ir à barra, do lado do Benfica só Jony falhou e nem foi preciso Ricardinho marcar a 5ªgrande penalidade, pois o assunto ficou arrumado mais cedo. Vitória sofrida do Benfica, ante um adversário que vendeu cara a derrota.
Grande final, com o grande rival
Foi preciso esperar até 2ªFeira para o Benfica conhecer o outro finalista. Em Vizela travaram-se 2 emotivos encontros, com o Sporting a vencer ambos e assim anular a desvantagem do jogo de Loures. No Domingo, numa arbitragem inacreditavelmente má, com erros grosseiros a prejudicar ambas as equipas, o Sporting foi mais feliz e impôs-se nos penalties. Na “negra”, a Fundação, limitada pelo castigo da sua estrela Divanei, foi melhor equipa, mas perdeu, pois Cristiano reencarnou João Benedito e sozinho, ganhou a partida. Defendeu tudo, o possível, o impossível e ainda fez o 1-3 final. Próximo Domingo, primeiro jogo da final em Loures, pelas 16h15, num jogo que se antevê escaldante.
Ficha de jogo
Play-Off do Campeonato Nacional da 1ªDivisão – Meias-Finais, 2ºjogo
SL BENFICA 9 – 8 AR FREIXIEIRO (3-3 ao intervalo, 5-5 no fim do tempo regulamentar, 6-6 após prolongamento, 3-2 no desempate por grandes penalidades)
Pavilhão Açoreana Seguros, cerca de 1500 espectadores
Árbitros: Rui Pinto e Hélder Carmo
Benfica: Bebé; Gonçalo Alves (2), Zé Maria (2), Costinha e Ricardinho (2). Amandus, Sidnei, Rogério Vilela e João Marçal.
Não jogaram: Zé Carlos (cap); Estrela e Jony.
Treinador: Nélito (por castigo de Adil Amarante)
Freixieiro: Toni; Ivan (1, cap), Israel (1), Miguel Mota e Wilson. Dan-Dan (2), Júlio César (1) e Ricardo (1).
Não jogaram: Roque; Passarinho.
Treinador: Joaquim Brito
Disciplina: Cartões amarelos a Costinha e Zé Maria; Dan-Dan, Wilson (2) e Miguel Mota. Cartão vermelho a Wilson (28’)
Marcha do marcador: 1-0 Zé Maria (1’); 2-0 Ricardinho (2’); 2-1 Dan-Dan (4’); 2-2 Dan-Dan (5’); 2-3 Israel (8’); 3-3 Ricardinho (16’); 4-3 Gonçalo Alves (22’); 4-4 Ivan (22’); 5-4 Zé Maria (23’); 5-5 Júlio César (29’); 5-6 Ricardo (43’); 6-6 Gonçalo Alves (44’).
Penalties:
Ivan GOLO 0-1
Jony defesa de Toni
Israel defesa de Bebé
Amandus GOLO 1-1
Júlio César barra
Sidnei GOLO 2-1
Dan-Dan GOLO 2-2
Estrela GOLO 3-2
Ricardo defesa de Bebé