Um "A a Z" da época 2006/2007 do Futsal

Adil Amarante – 3 anos no Benfica, 2 campeonatos, 2 Taças de Portugal e 1 Supertaça. Aos 41 anos, Adil provou esta época, contra tudo e contra todos, inclusivamente contra os próprios adeptos do Benfica, que é de longe o melhor treinador de Futsal em Portugal e que é o homem certo no lugar. Mesmo depois do castigo, depois da sua lesão (os treinadores também se lesionam), Adil Amarante, seguiu o seu caminho de sucesso, terminando a época como o primeiro treinador a ganhar a “Triplinha”. Para o ano deixou a promessa de fazer tudo para ganhar o título de campeão europeu. É altura de os mais cépticos se renderem às evidências e apoiarem o nosso treinador que, para bem do Benfica, é bom que fique aqui muitos anos.

Bebé – Aos 23 anos, foi uma grande aposta do Benfica, que o foi buscar ao Sporting, onde era suplente. Bebé acabou por ser o titular do Benfica (embora Zé Carlos tenha feito alguns jogos), evoluiu muito ao longo da época e terminou em grande, com uma assombrosa exibição na finalíssima. A aposta pessoal e do clube saiu certeira, Bebé deu cartas em Portugal e na Recopa, onde a Europa ficou a conhecer o seu nome.

Costinha – Como o Benfica sentiu a sua falta em 2005/2006! Cerebral, o pequeno grande jogador foi um dos pilares deste Benfica, fruto de uma invulgar capacidade para ler o jogo e conduzir a equipa. Apesar de não ser um goleador, marcou golos muito importantes, que valeram vitórias à tangente ou empates!

Dream-Team – Foi assim que a imprensa do Futsal quis apelidar a nossa equipa ainda no defeso do Verão passado. Sem ligar a rótulos, e com muita humildade e trabalho o caminho percorreu-se, e o Benfica conseguiu atingir todos os objectivos internos.

Engº Luís Moreira – É ele o rosto, a marca desta Secção. Um líder nato, ambicioso e sem papas na língua, teve o mérito de construir uma equipa mais portuguesa, mais enquadrada com o clube, e de conseguir manter a gestão complicada da secção. O seu sonho de ver o Benfica campeão europeu volta a ganhar asas, e espera-se assim que continue o bom trabalho desta temporada.

F
ernando Tavares – Representa a Direcção do SL Benfica, que esta época já contribuiu um pouco para a gestão de uma secção até então autónoma. Com os resultados evidenciados, não restam dúvidas que esta é uma das modalidades em que vale a pena apostar de olhos fechados.

Gonçalo Alves – No Verão passado protagonizou a mais mediática transferência do Futsal Português. Chegou ao Benfica onde teve um começo difícil, com dificuldade em habituar-se a novos métodos de trabalho e de jogo, além da desconfiança gerada em seu torno. Com muito trabalho e profissionalismo, Gonçalo ultrapassou a má fase, o seu rendimento cresceu, tendo garantindo a titularidade na segunda metade da época e assumindo-se como um dos pilares da equipa. Na final, mesmo com uma claque toda sempre preocupada em insultá-lo, mesmo com os seus ex-colegas em constante provocação, não cedeu e ganhou tudo.

Horas de trabalho – Foram muitas, intermináveis. Desde a pré-época em Agosto até Junho, foram 10 meses sempre a “dar no duro”. É assim que se constroem os campeões.

Inveja – Muita, despertada em todos os sentidos. Nos adversários, na imprensa... Foi um dos sentimentos com os quais a equipa teve de lidar em todos os jogos, especialmente com o seu maior rival, que na impossibilidade de jogar de igual para igual, optou por uma postura anti-futsal. O Benfica aprendeu com os erros e acabou por matar o Sporting com o seu próprio veneno.

Justiça, Conselho de
– da FPF. Um órgão concerteza preconceituoso e que cada vez que vê o nome Benfica num processo só pensa em dar castigo. Para a história ficará o facto absurdo de ter castigado Adil Amarante sem o ter ouvido, alegando que o treinador faltou à audiência. Pois, realmente faltou, visto estar no Hospital a ser submetido a uma cirurgia à sua lesão no tendão de Aquiles...

Lima, André – O capitão. Marcou 31 golos no campeonato, alguns deles decisivos. Jogador com uma vontade de ganhar infindável, defendeu o grupo em todas as ocasiões e não fosse uma lesão em Março e podia ter feito ainda mais. Aos 36 anos, tem ainda mais para dar ao Benfica e ao Futsal.

Mística – Foi reforçada nesta época com os regressos de Costinha e Zé Maria, este último que a par de Zé Carlos joga no Benfica desde que a equipa começou. É importante ter referências destas no Benfica, especialmente quando Zé Maria marca 28 golos (o Benfica teve 3 jogadores que marcaram mais que o melhor marcador do seu maior rival...) e Zé Carlos, sub-capitão, que mesmo jogando menos (sem criar mau ambiente, sr.Seleccionador...) é um dos mais importantes do balneário. Grande profissional.

Nélito – A figura mais inesperada da época. O castigo pesado de Adil Amarante levou o Benfica a entender chamá-lo para coadjuvar Adil e liderar o banco do Benfica. Este grande Benfiquista assumiu o desafio, e as expectativas superaram-se. Como Adil disse, Nélito não foi o seu braço direito, mas sim os seus dois braços. Uma grande lição de um grande benfiquista.

Omnipresença – É este o termo ideal para caracterizar o apoio dado à equipa. Em todo o lado por onde jogou, nunca faltou. Nos momentos decisivos, foi excepcional. Jogue onde jogar o Benfica, vai estar lá alguém a apoiar.

Presidente – Armindo Cordeiro. Foi para ele, que passou uma fase bem complicada no final da temporada, que foi dedicado o Campeonato e a Taça. Bem merece o homem que em 2001 passou o testemunho do seu clube ao Benfica, e mais que ninguém merece um Benfica campeão europeu.

Qualidade – A de todo o grupo de trabalho. Jogadores, técnicos, fisioterapeutas, directores, seccionistas. É uma característica fundamental para o sucesso, e o Futsal Benfica reúne-a no seu todo.

Ricardinho – o mágico. Um génio, um menino de 21 anos que enverga no seu todo a camisola 10. Esta época deixou de ser a promessa para se assumir de vez como a figura. 49 golos no campeonato (melhor marcador), mais muitos na Taça, Recopa e Intercontinental. Jogador fantástico, Ricardinho é ídolo das gentes benfiquistas que não o querem ver partir.

Staff – Todos, todos foram muito importantes. Dos técnicos Barth Sorrilha, Pedro Henriques e Nuno Torres, aos fisioterapeutas Luís Ribeiro e João Ribeiro e ao médico Dr.Gonçalves Ferreira, aos directores Timóteo, Luís Torres, Luís Ramos, João Pedro Ferreira, Luís Neves; aos seccionistas Orlando Ferreira, Salvador Batista, Tó Aragão e José Vieira.

Triplinha – Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça. Tantos troféus, todos para o Benfica. “Ganhámos tudo...”

UEFA Futsal Cup – Um sonho para o qual o primeiro passo foi dado: ser campeão nacional... Seguem-se os próximos...

Vitórias – em 40 jogos das competições internas, foram 35. Em todas as partidas se lutou por ela até a exaustão. É com vitórias que se ganham títulos.

XXI, Século
– o Futsal é de longe a modalidade deste Século no Benfica. Começou em 2001 e em 6 anos soma 3 campeonatos, 3 Taças e 2 supertaças, além de finalista da UEFA Futsal Cup e Recopa. Sucesso óbvio e com garantias de futuro.

“Zbording” – o grande rival, com 8 embates durante a época. 3 vitórias, 1 empate e 4 derrotas. Curioso este saldo “negativo”. É que as 2 das vitórias valeram o campeonato, outra a final da Taça e o empate valeu a Supertaça nos penalties. O único adversário interno a derrotar o Benfica, termina a época sem ganhar nada e com muito mau perder à mistura.