Juvenis B: Benfica 0-2 Sporting

Benfica
Fábio Reis, Tiago Ribeiro (João Job, int.), Ruben Nunes, Diogo Azevedo e André Dias; Fábio Carvalho (Carlos Castro, int.), José Graça (Diogo Caramelo, 62') e Ruben Pinto; Diogo Coelho (Ricardo Serra, 62'), Hugo Falcão (Tiago Romeira, int.) e Nelson Cunha.
Suplentes não utilizados: Hugo Pinto e Luis Martins.


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Treinador: Ricardo Dionisio.
Treinadores Adjuntos: Pedro Martins e Luis Martins.
Delegado: Nuno Ferreira.
Fisioterapeuta: Carlos Banza.

Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Tiago Cerveira (17') e Rui Coentrão (20').{tactica(1849)}

E começou mais um Campeonato. Pela primeira vez esta temporada, os Juvenis “B” entraram em acção oficialmente para disputar a abertura do Distrital de Juvenis. Depois de na temporada passada não ter conseguido os seus objectivos na Fase Final, esta geração de 1992 entrou hoje em campo para defrontar o Sporting que é detentor do título Distrital de Juvenis - Honra.

Ricardo Dionísio, no comando técnico, escalonou a sua equipa num 4-3-3 com Fábio Reis na baliza; Tiago Ribeiro jogou como Lateral Direito, Ruben Nunes e Diogo Azevedo como centrais, cabendo a função de Lateral Esquerdo a André Dias (ex-Guimarães). O meio-campo actuou em triângulo invertido a atacar, com Fábio Carvalho na posição 6, José Graça e Ruben Pinto com a missão de delinear os lances ofensivos da equipa. O tridente ofensivo foi composto pelos Alas Direito e Esquerdo respectivamente, Hugo Falcão (único jogador de 2º ano no plantel) e Diogo Coelho, no apoio ao elemento fixo Nelson Cunha.

Sporting eficaz, Benfica fica para trás

O Sporting entrou bem na partida, apesar de serem os “encarnados” que controlavam o encontro. Logo ao primeiro minuto, Afonso Taira atirou à entrada da área – na ressaca de um canto – com a bola a sair perigosa para a baliza defendida por Fábio Reis. No minuto seguinte, André Dias, de livre, tentou surpreender o guardião “leonino” mas o mesmo mostrou-se atento.

O Benfica mostrava mais argumentos ao nível do pressing a meio-campo e saía com fluidez para contra-ataques, embora, não demonstrando a criatividade necessária para atingir de forma sustentada e regular o último reduto do Sporting. Aos 5’, Nelson Cunha foi parado por uma excelente saída do guarda-redes “leonino”. Pouco tempo depois, Hugo Falcão arrancou pela direita, combinou com Ruben Pinto e na devolução do esférico atirou de pé esquerdo mas ao lado.


Nelson Cunha

O Sporting equilibrou as contas e a partir do primeiro quarto de hora ascendeu-se na partida. Primeiro foi Mauro Antunes a visar com perigo a baliza do Benfica. No minuto seguinte, Leandro Albano aproveitou uma falha da defensiva “encarnada”, cruzando atrasado para Tiago Cerveira que não desperdiçou e fez o primeiro golo da partida.

Três minutos volvidos, Rui Coentrão bateu um livre de forma exímia que só parou no fundo da baliza defendida por Fábio Reis. O Sporting recuou e procurou segurar a vantagem de dois golos até ao intervalo.

Surgiu então o melhor período de jogo do Benfica. A tentar, de todas as formas e feitios chegar ao golo, Tiago Ribeiro teve aos 30 minutos uma arrancada pela direita que deixou tudo e todos para trás, cruzando a pedir golo ao primeiro poste. Nelson Cunha pressionado por dois adversários não conseguiu a emenda para golo.


Diogo Coelho

A três minutos do intervalo, no seguimento de um lance de incursão de Diogo Coelho, o esférico sobrou para a entrada da área onde Ruben Pinto dominou no joelho e atirou de forma surpreendente com o esférico a sair muito perto do poste esquerdo da baliza defendida por João Figueiredo.

Só faltou o golo

Ao intervalo, o Benfica realizou três alterações. Hugo Falcão, Fábio Carvalho e Tiago Ribeiro deram os seus lugares a João Job, Tiago Romeira e Carlos Castro.

E a senda da partida continuou. Os “encarnados” não conseguiram o golo que poderia ter mudado o jogo no final da primeira parte, entrando destemidos a conseguir esse objectivo nos primeiros minutos da segunda metade. Foi Nelson Cunha que deu o mote e depois de um lance de insistência atirou forte, por cima da baliza do Sporting.

Não desistindo, conforme os minutos iam passando, o ânimo dos jogadores do Benfica esmorecia. No entanto, nunca baixaram os braços e procuraram a todo o custo chegar ao golo. Aos 58’ e 64’, primeiro, Nelson Cunha não teve a força necessária para dar continuidade a um lance onde ganhou, no corpo-a-corpo, a dois defesas adversários. De seguida, André Dias tentou o canto directo e Diogo Caramelo, recém entrado, apareceu a baralhar as contas, socando João Figueiredo para longe das imediações da área.


José Graça

O Benfica não desistia e dava continuidade a uma constante tentativa de alterar o rumo dos acontecimentos. A sorte não queria nada com as “águias” e isso ficou bem explícito quando aos 66 minutos Ruben Nunes cabeceou muito perto do poste, respondendo a um livre lateral do ‘carregador’ Ruben Pinto.

A dez minutos do final da partida, os “leões” conseguiram sacudir a pressão e João Couras esteve perto de marcar, valendo boa defesa de Fábio Reis. Novamente André Dias a tentar o canto directo, tendo desta vez criado verdadeiro perigo. Ainda se pediu golo, o esférico esteve realmente muito perto de entrar totalmente.

Nelson Cunha e Ruben Pinto eram a imagem do inconformismo dos jogadores do Benfica e lutaram muito nos últimos minutos, criando a derradeira ocasião de golo da partida. Depois de insistir e roubar a bola a um defesa contrário, Ruben Pinto lançou em Nelson Cunha que, muito marcado, não conseguiu o remate final para golo.


Nelson Cunha

O Sporting foi um vencedor justo pelo melhor aproveitamento que teve das ocasiões de golo. Mais eficazes em termos de finalização, os "leoninos" sairam com os primeiros três pontos da temporada e uma vantagem que o Benfica pode perfeitamente anular. A exibição não foi a melhor, mas valeu uma grande atitude, na incansável procura do golo. Agora é trabalhar e melhorar, os resultados irão certamente aparecer!

Apreciação Individual:

Fábio Reis: Mostrou-se de longe, mais seguro do que na época passada. Está mais sereno e eficaz quando tem de ir ao segundo andar tirar as bolas em cantos ou cruzamentos. Elástico, esteve bem, sem responsabilidade em nenhum dos golos.

Tiago Ribeiro: Hoje de regresso ao seu escalão saiu ao intervalo, realizando uma exibição sem oscilações no tempo que esteve em campo. Subiu bem no terreno e criou alguns problemas aos defensores locais.

Ruben Nunes: Esteve seguro, disciplinado e procurou resolver os lances sem grande ímpeto. Raramente perdeu posição para os avançados do Sporting.

Diogo Azevedo: Também ele bem, foi muito importante nos lances aéreos onde saiu quase sempre vencedor.

André Dias: Cometeu alguns erros a nível defensivo. Foi, no entanto, importante e desiquilibrador sempre que ofereceu profundidade ao flanco e procurou, através do seu bom pé esquerdo, colocar na área ou tentar surpreender o guarda-redes do Sporting.

Fábio Carvalho: Não teve a clarividência a nível defensivo para fazer as coberturas às subidas dos Médios Interiores ou Laterais. Com a bola no pé é importante e transmite serenidade. Saiu ao intervalo.

José Graça: Podia ter desenvolvido melhor alguns dos seus lances, mas foi incasável na procura de espaços e na tentativa de levar a equipa para o último reduto do Sporting, sobretudo na primeira parte. Boa exibição.

Ruben Pinto: O melhor em campo. Já se sabe que tem muita qualidade, e hoje voltou a comprová-lo. Foi o líder do meio-campo, geriu os ritmos da partida e numa atitude à Benfica jogou os últimos minutos claramente em esforço, depois de um toque mais ríspido de um adversário. Lutou, procurou dar asas à sua criatividade. Apenas necessita de jogar mais perto e oferecer rápidas linhas de passe. Muito bem!

Diogo Coelho: Hoje regressou a posições mais ofensivas e cotou-se bem quando chamado a intervir. Bons desenvolvimentos e muita garra e atitude.

Hugo Falcão: Foi dos mais interventivos pelo flanco direito, embora não tenha conseguido desenvolver lances de efectivo perigo. Saiu ao intervalo.

Nelson Cunha: Grande atitude. Foi dos melhores. Lutou muito, de forma incansável, procurou espaços, tentou ganhar espaços e avançar no terreno. Apenas faltou um apoio mais directo ao seu jogo, para ter conseguido, quer abrir para um companheiro, quer visar de forma mais regular a baliza do Sporting. Muito bem!


Hugo Falcão

Suplentes:

Tiago Romeira: A sua entrada em campo prometeu, embora não tenha dado continuidade a uns primeiros minutos onde foi um desequilíbrio constante do lado direito do ataque.

João Job: Muito certo – como Lateral -, não falhou, conseguindo anular os elementos do Sporting que apareciam pelo seu flanco. Parece-me um elemento mais de choque, de coberturas, de garra, para actuar, de forma natural, na posição 6.

Carlos Castro: Existiam expectativas relativamente a este jogador e tentou lutar, sempre com boas iniciativas, por espaços e ocasiões. Interessante.

Diogo Caramelo: Veio dar o apoio necessário à frente de ataque já perto do final da partida. Esteve perto do golo quando entrou, mas não teve tempo para muito mais.

Ricardo Serra: Muita velocidade pelo flanco, tentou dar origem a lances perigosos pelo flanco. Não trouxe mais criatividade ao jogo.

Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.