Tarde friorenta na Caixa Futebol Campus para assistir à 12ª jornada do Nacional de Juniores que colocaria frente a frente o líder Benfica e o sexto classificado – com hipótese de subir a segundo – do campeonato.
O técnico João Alves não fez muitas alterações no onze habitual da equipa e apresentou Rogério António na baliza; André Magalhães como Lateral Direito, Abel Pereira e João Pereira no eixo, Airton Oliveira na Lateral Esquerda. O centro do terreno ficou entregue aos Médios Interiores David Simão e Leandro Pimenta, com Lassana Camará a jogar descaído no flanco direito, mas a fechar ao centro sempre que em missões defensivas. André Carvalhas actuou encostado à esquerda, com Wang Gang no apoio a Orphée Demel.
O jogo não podia ter começado melhor para os “encarnados”. Logo no primeiro minuto, Airton Oliveira tirou um belo cruzamento do flanco esquerdo e Orphée Demel, com uma cabeçada certeira, não deu hipótese de defesa ao guardião visitante e fez o primeiro golo da partida.
Lassana Camará
O Benfica mostrou-se sempre por cima do seu adversário nos primeiros minutos, embora tivesse alguma dificuldade em penetrar no último reduto do adversário com alguma regularidade. Exemplo disso é a tentativa de remate por parte de André Carvalhas, à passagem do primeiro quarto de hora, com o esférico a sair por cima.
David Simão poderia, no minuto seguinte, ter alargado o placar, mas o seu remate de pé direito – depois de bom trabalho individual – saiu um pouco ao lado. Foi então que a equipa do Oeiras se recompôs e adoptou uma estratégia táctica perfeita. A actuar com cinco defesas, os visitantes desdobravam-se facilmente num 3-5-2 a atacar o que criou sempre dificuldades aos “encarnados”.
Já depois de Rogério António e João Pereira se terem desentendido – valeu desarme providencial de Abel Pereira – Marco Baixinho, depois de um livre lateral, atirou colocado para o golo da igualdade.
André Soares
A equipa visitante preocupava-se agora em chegar ao intervalo com o empate, de forma a poder entrar na segunda metade com outros horizontes. O Benfica nunca conseguiu incomodar, verdadeiramente, o guardião adversário, apesar das várias tentativas. Já a caminhar para o intervalo, André Soares – substituiu Leandro Pimenta -, em excelente posição, atirou muito por cima no seguimento de um cruzamento de Airton Oliveira.
Grande organização visitante premiada com vitória
Jogo equilibrado na primeira metade, partida diferente no reatamento. O Oeiras sobe adormecer o jogo e, através da sua estratégia defensiva, foi adiando ao máximo os lances de perigo do Benfica. A equipa “encarnada” não encontrava soluções para dar objectividade aos seus lances e nunca descobriu o antídoto para ultrapassar a bem organizada defensiva do Oeiras.
O técnico João Alves tentou alterar o rumo dos acontecimentos, tirando David Simão e Wang Gang, lançando Ruben Lima – para Médio Interior – e Guido Abayian, juntando-se a Orphée Demel na frente de ataque.
Aos 80 minutos, o balde de água fria chegaria ao Seixal. Depois de um contra-ataque muito bem delineado, um largo cruzamento do flanco esquerdo levou a bola até à área do Benfica. Rogério António tentou desviar, mas a “sapatada” ficou curta e a bola foi parar aos pés de Paulinho que sem dificuldade colocou os visitantes em vantagem.
Cinco minutos volvidos, novo lance de contra-ataque dos visitantes que quase culminava em golo, valendo o poste da baliza do Benfica a negar os intentos ao remate de Diogo.
André Carvalhas
O Benfica sentiu-se na necessidade de responder e veio, nos últimos minutos, “para cima” da defesa do Oeiras. André Carvalhas, aos 86’, atirou para defesa apertada de Juan. Na sequência do canto, Abel Pereira quase fazia golo, valendo em cima da linha de baliza um defensor contrário a atirar para fora.
A última grande oportunidade do jogo chegaria quando decorria já o quinto minuto de compensação, num livre à entrada da área que André Carvalhas atirou por cima da barra.
Vitória do Oeiras, que premiou uma excelente abordagem à partida dos pupilos de Alexandre Jesus. O Benfica merecia, pelo domínio que exerceu durante todo o jogo, chegar ao empate, mas o Oeiras foi um justo vencedor, ascendendo, à condição, ao segundo lugar da competição.
Apreciação Individual:
Rogério António: Podia ter feito melhor no lance que deu origem ao segundo golo do Oeiras. Não mostrou segurança em alguns momentos do jogo, podendo fazer melhor.
André Magalhães: Boa primeira parte do capitão. Hoje regressou bem à equipa, teve alguns bons pormenores, cotando-se como um dos melhores em campo.
Abel Pereira: Bela primeira parte, imperial nos desarmes mas, sobretudo, no capítulo do passe longo. Caiu um pouco no segundo tempo, talvez devido a uma entrada de um jogador contrário que o deixou algo queixoso.
João Pereira: Completou bem o trabalho do seu companheiro, muito atento e destemido. Em alguns lances poderia ter sido mais rápido a acompanhar os endiabrados avançados contrários.
Airton Oliveira: É hoje o melhor em campo. Manteve ao longo de toda a partida um rendimento constante, saindo da partida com uma bela assistência para o primeiro golo. Está a crescer de forma.
David Simão: Jogo interessante, bem no capítulo do passe longo, onde vai revelando sempre excelentes argumentos. Poderia ter tido mais pontaria em alguns remates. Saiu na segunda parte.
Leandro Pimenta: Apesar da capacidade de preenchimento de espaços, não esteve bem a sair a jogar, onde falhou alguns passes. Saiu ainda na primeira parte.
Lassana Camará: Bom jogo. Não sabe jogar mal, muito rápido e inteligente em todos os seus processos, procurou, e bem, sair a jogar de forma objectiva.
André Carvalhas: Lutou muito, tentou aparecer em vários espaços de jogo, mas a cerrada marcação de que foi alvo tirou-lhe hipóteses de fazer melhor.
Wang Gang: Não foi o chinês que habitou os adeptos, demonstrando alguma indecisão na hora de finalizar.
Orphée Demel: Apesar do golo que marcou, não teve muita bola, apesar de na segunda metade ter-se apercebido disso e procurado, em mais ocasiões, sair para zonas laterais de forma a, também ele, entrar na partida. Pode fazer mais.
Suplentes:
André Soares: Veio dar outra criatividade aos flancos, embora não tivesse conseguido criar lances de perigo, um pouco à imagem dos seus companheiros.
Ruben Lima: Entrou para uma posição central de meio-campo, onde não está habituado a jogar. Ainda assim, mostrou-se sempre forte nos lances em que foi chamado a intervir, embora não tivesse arriscado muito nas subidas pelo terreno.
Guido Abayian: Pouco trouxe ao jogo, tentando lutar muito na fase do “tudo por tudo” do Benfica.
Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.
O técnico João Alves não fez muitas alterações no onze habitual da equipa e apresentou Rogério António na baliza; André Magalhães como Lateral Direito, Abel Pereira e João Pereira no eixo, Airton Oliveira na Lateral Esquerda. O centro do terreno ficou entregue aos Médios Interiores David Simão e Leandro Pimenta, com Lassana Camará a jogar descaído no flanco direito, mas a fechar ao centro sempre que em missões defensivas. André Carvalhas actuou encostado à esquerda, com Wang Gang no apoio a Orphée Demel.
O jogo não podia ter começado melhor para os “encarnados”. Logo no primeiro minuto, Airton Oliveira tirou um belo cruzamento do flanco esquerdo e Orphée Demel, com uma cabeçada certeira, não deu hipótese de defesa ao guardião visitante e fez o primeiro golo da partida.
Lassana Camará
O Benfica mostrou-se sempre por cima do seu adversário nos primeiros minutos, embora tivesse alguma dificuldade em penetrar no último reduto do adversário com alguma regularidade. Exemplo disso é a tentativa de remate por parte de André Carvalhas, à passagem do primeiro quarto de hora, com o esférico a sair por cima.
David Simão poderia, no minuto seguinte, ter alargado o placar, mas o seu remate de pé direito – depois de bom trabalho individual – saiu um pouco ao lado. Foi então que a equipa do Oeiras se recompôs e adoptou uma estratégia táctica perfeita. A actuar com cinco defesas, os visitantes desdobravam-se facilmente num 3-5-2 a atacar o que criou sempre dificuldades aos “encarnados”.
Já depois de Rogério António e João Pereira se terem desentendido – valeu desarme providencial de Abel Pereira – Marco Baixinho, depois de um livre lateral, atirou colocado para o golo da igualdade.
André Soares
A equipa visitante preocupava-se agora em chegar ao intervalo com o empate, de forma a poder entrar na segunda metade com outros horizontes. O Benfica nunca conseguiu incomodar, verdadeiramente, o guardião adversário, apesar das várias tentativas. Já a caminhar para o intervalo, André Soares – substituiu Leandro Pimenta -, em excelente posição, atirou muito por cima no seguimento de um cruzamento de Airton Oliveira.
Grande organização visitante premiada com vitória
Jogo equilibrado na primeira metade, partida diferente no reatamento. O Oeiras sobe adormecer o jogo e, através da sua estratégia defensiva, foi adiando ao máximo os lances de perigo do Benfica. A equipa “encarnada” não encontrava soluções para dar objectividade aos seus lances e nunca descobriu o antídoto para ultrapassar a bem organizada defensiva do Oeiras.
O técnico João Alves tentou alterar o rumo dos acontecimentos, tirando David Simão e Wang Gang, lançando Ruben Lima – para Médio Interior – e Guido Abayian, juntando-se a Orphée Demel na frente de ataque.
Aos 80 minutos, o balde de água fria chegaria ao Seixal. Depois de um contra-ataque muito bem delineado, um largo cruzamento do flanco esquerdo levou a bola até à área do Benfica. Rogério António tentou desviar, mas a “sapatada” ficou curta e a bola foi parar aos pés de Paulinho que sem dificuldade colocou os visitantes em vantagem.
Cinco minutos volvidos, novo lance de contra-ataque dos visitantes que quase culminava em golo, valendo o poste da baliza do Benfica a negar os intentos ao remate de Diogo.
André Carvalhas
O Benfica sentiu-se na necessidade de responder e veio, nos últimos minutos, “para cima” da defesa do Oeiras. André Carvalhas, aos 86’, atirou para defesa apertada de Juan. Na sequência do canto, Abel Pereira quase fazia golo, valendo em cima da linha de baliza um defensor contrário a atirar para fora.
A última grande oportunidade do jogo chegaria quando decorria já o quinto minuto de compensação, num livre à entrada da área que André Carvalhas atirou por cima da barra.
Vitória do Oeiras, que premiou uma excelente abordagem à partida dos pupilos de Alexandre Jesus. O Benfica merecia, pelo domínio que exerceu durante todo o jogo, chegar ao empate, mas o Oeiras foi um justo vencedor, ascendendo, à condição, ao segundo lugar da competição.
Apreciação Individual:
Rogério António: Podia ter feito melhor no lance que deu origem ao segundo golo do Oeiras. Não mostrou segurança em alguns momentos do jogo, podendo fazer melhor.
André Magalhães: Boa primeira parte do capitão. Hoje regressou bem à equipa, teve alguns bons pormenores, cotando-se como um dos melhores em campo.
Abel Pereira: Bela primeira parte, imperial nos desarmes mas, sobretudo, no capítulo do passe longo. Caiu um pouco no segundo tempo, talvez devido a uma entrada de um jogador contrário que o deixou algo queixoso.
João Pereira: Completou bem o trabalho do seu companheiro, muito atento e destemido. Em alguns lances poderia ter sido mais rápido a acompanhar os endiabrados avançados contrários.
Airton Oliveira: É hoje o melhor em campo. Manteve ao longo de toda a partida um rendimento constante, saindo da partida com uma bela assistência para o primeiro golo. Está a crescer de forma.
David Simão: Jogo interessante, bem no capítulo do passe longo, onde vai revelando sempre excelentes argumentos. Poderia ter tido mais pontaria em alguns remates. Saiu na segunda parte.
Leandro Pimenta: Apesar da capacidade de preenchimento de espaços, não esteve bem a sair a jogar, onde falhou alguns passes. Saiu ainda na primeira parte.
Lassana Camará: Bom jogo. Não sabe jogar mal, muito rápido e inteligente em todos os seus processos, procurou, e bem, sair a jogar de forma objectiva.
André Carvalhas: Lutou muito, tentou aparecer em vários espaços de jogo, mas a cerrada marcação de que foi alvo tirou-lhe hipóteses de fazer melhor.
Wang Gang: Não foi o chinês que habitou os adeptos, demonstrando alguma indecisão na hora de finalizar.
Orphée Demel: Apesar do golo que marcou, não teve muita bola, apesar de na segunda metade ter-se apercebido disso e procurado, em mais ocasiões, sair para zonas laterais de forma a, também ele, entrar na partida. Pode fazer mais.
Suplentes:
André Soares: Veio dar outra criatividade aos flancos, embora não tivesse conseguido criar lances de perigo, um pouco à imagem dos seus companheiros.
Ruben Lima: Entrou para uma posição central de meio-campo, onde não está habituado a jogar. Ainda assim, mostrou-se sempre forte nos lances em que foi chamado a intervir, embora não tivesse arriscado muito nas subidas pelo terreno.
Guido Abayian: Pouco trouxe ao jogo, tentando lutar muito na fase do “tudo por tudo” do Benfica.
Reportagem de André Sabino, Serbenfiquista.com.