Anteviam-se dificuldades na deslocação ao reduto do SL Olivais, onde pontificaram os campeões nacionais Estrela e Jony. Do lado do Benfica novidade para o regresso de Ricardinho ao cinco inicial, em detrimento de Gonçalo Alves, e para a estreia do novo patrocinador na camisola. O Benfica entrou com vontade de marcar e conseguiu o golo. Primeiro Ricardinho ainda avisou com um tiro às malhas laterais e ainda antes de se completarem dois minutos de jogo, numa jogada espectacular, onde contou com a colaboração de Zé Maria e Arnaldo que com a sua movimentação arrastaram a defesa do Olivais, abrindo caminho a Ricardinho, que à saída de Vero, fez um chapéu perfeito. Golaço!
Equilíbrio
Nos minutos seguintes o Olivais mostrou ser uma equipa que sabe o que quer e foi discutir o jogo pelo jogo, conseguindo bons períodos de posse de bola, mas só criando real perigo através de remates de longe. Entretanto iam sendo marcadas (para os dois lados) muitas faltas, mais uma vez com um critério claramente exagerado, com lances legais a serem assinalados como falta e com faltas a serem marcadas ao contrário. Nesta fase de jogo era também visível no Benfica aquilo que foi uma das maiores falhas ao longo da partida, que foi calma na hora de sair para o ataque. Os jogadores ficaram-se demasiadas vezes pelo meio-campo, sendo forçados a jogar a bola para trás face à pressão do Olivais.
Dois golos em 15 segundos
O ritmo vivo da partida fazia antever mais golos antes do intervalo, até porque ambas as equipas já tinham atingindo a 5ªfalta e jogavam com defesas menos agressivas. Mas com tanta concentração, o golo só podia nascer de um erro e assim foi. Ricardinho quis passar entre dois adversários quando tinha uma linha de passe aberta, perdeu a bola e ficou no chão, e no contra-ataque o Olivais trabalhou simples à largura do terreno, finalizando em golo por Jony, ao 2ºposte. Quem não ficou nada satisfeito com este golo foi Arnaldo, que 15 segundos depois recolocou o Benfica na frente do marcador, num lance fruto de toda a sua velocidade, técnica e atitude. Arrancou disparado, passando por tudo e todos, atirando sem hipóteses para Vero. Até ao intervalo o Olivais ainda dispôs de um livre de 10 metros, que Estrela fez embater com estrondo no poste direito da baliza de Zé Carlos.
Benfica não consegue fugir no marcador
A etapa complementar começou melhor para o Benfica, que logo a abrir podia ter ampliado a vantagem, mas o remate de Gonçalo Alves embateu na barra. Pouco minutos volvidos, novamente Gonçalo Alves a acertar, desta vez no poste, com violência, após recuperação de bola rápida. Seguiram-se minutos com uma toada igual à da primeira parte, com o Benfica sempre com dificuldades em sair para o ataque. Quando usou o espaço e a velocidade, marcou. Arnaldo combinou com Rogério Vilela, que assistiu primorosamente o “Expresso” que não perdoou, batendo Piranha (que rendeu Vero ao intervalo). Mas tal como na primeira parte, o Olivais conseguiu reagir. Aos 29 minutos, Jony recebeu na área e com uma rotação deixou Amandus pregado ao chão, atirando para um golo fácil.
Benfica infeliz com superioridade numérica
Ao minuto 31 deu-se o lance mais violento da partida. Nuno Almeida num primeiro momento puxou Arnaldo pela camisola, o 6 do Benfica ainda assim conseguiu continuar em progressão, que foi travada pelo jogador do Olivais, que pontapeou as pernas de Arnaldo. O jogador foi correctamente expulso pelos árbitros, que no entanto avaliaram mal a jogada. É que Nuno Almeida cometeu 2 faltas na mesma jogada e os árbitros apenas contaram uma. Como o Olivais tinha 4 faltas, essas 2 faltas dariam origem à 6ªfalta e a um livre de 10 metros. Sendo contabilizada apenas 1 falta, a partida prosseguiu então, com o Benfica em superioridade numérica por 2 minutos. Neste período o Benfica desperdiçou sucessivas ocasiões de golo, 2 delas de modo flagrante, outra de modo infeliz (Ricardinho atirou com estrondo ao poste) e outras por alguma falta de frieza na hora de rematar.
Um golo para cada lado e muito sofrimento até final
Se o Benfica não marcou com mais um, marcou pouco depois de reentrar o 5ºjogador do Olivais. Boa combinação ofensiva do Benfica, com Arnaldo a meter muito bem a bola na cara de Piranha, onde surgiu Pedro Costa, que fintou o guarda-redes e atirou para o 2-4. Mas a vantagem de 2 golos não durou nada, no reatamento o Olivais teve um lance pela esquerda, beneficiou de um ressalto e feliz, e Jony desviou para o fundo da baliza, completando seu hat-trick. Com a diferença mínima no marcador a emoção prolongou-se até ao fim da partida. Sidnei teve nos pés o golo da tranquilidade, mas não teve engenho para ultrapassar Piranha. O Olivais nunca desistiu, mas também não criou mais lances flagrantes de golo. O maior calafrio para o Benfica foi mesmo a 20 segundos do fim, quando Zé Carlos falhou a recepção a um atraso de bola, valeu que a bola saiu para canto. Na próxima semana o Benfica recebe o Boavista, mas a partida não se realiza na Luz mas sim na Mealhada, em “retribuição” ao município local, que acolheu o estágio de pré-temporada da equipa encarnada.
Ficha de jogo
Campeonato Nacional FutSagres 2007/8 – 9ªJornada
SL OLIVAIS 3 – 4 SL BENFICA (1-2 ao intervalo)
Pavilhão do Casal Vistoso, Olaias.
Árbitros: Hélder Carmo e Rui Pinto
Olivais: Vero (Piranha); Pedro, Ricardo, Estrela e Jony (3). Caturra, Gonçalo Farinha (cap), João Pires e Nuno Almeida.
Não jogaram: João Pinheiro e Tiago.
Treinador: Luís Alves
Benfica: Zé Carlos (Cap); Zé Maria, Costinha (1), Ricardinho (1) e Arnaldo (2). João Marçal, Gonçalo Alves, Miguel Almeida, Amandus, Rogério Vilela e Sidnei.
Não jogou: Carlos Paulo
Treinador: Nélito (por castigo de Adil Amarante)
Disciplina: Cartões amarelos a Vero, Estrela e Jony; Zé Carlos. Cartão vermelho a Nuno Almeida.
Marcha do marcador: 0-1 Ricardinho (2‘); 1-1 Jony (17‘); 1-2 Arnaldo (17‘); 1-3 Arnaldo (27‘); 2-3 Jony (30‘); 2-4 Costinha (35‘); 3-4 Jony (35‘);