10_passos para superar a crise

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a bola
Pa axo k este artigO dix tudo, ora leiam...... SOOU o alarme na Luz, depois de em poucos dias a equipa ter perdido a Supertaça e o acesso à Liga dos Campeões. Os adeptos já dão sinais de impaciência, na proporção directa da impotência mostrada pela equipa. Falar em esperanças num amanhã diferente é fácil. Percorrer o caminho estreito para que esse amanhã acorde sorridente é bem mais difícil. Todos no Benfica enfrentam um verdadeiro teste. Teste à capacidade, à coesão e, não menos importante, à vontade de todos. Autocrítica O primeiro passo para se inverter um percurso negativo é... parar. Para pensar, para ver o que correu mal, mas fazer a necessária autocrítica. Não para encontrar culpados, porque se todos remam para o mesmo lado isso será o menos importante. Autocrítica para que se detectem falhas, para que cada um, individual e colectivamente, possa perceber o que fez mal para melhorar. Sem melindres, porque uma ferida não se cura fingindo-se que não existe. Responsabilização Jogadores, treinadores e dirigentes devem assumir as responsabilidades que lhes cabem, como em todas as actividades. Com coragem. Dar a cara sempre foi melhor do que escondê-la debaixo da almofada. Sem dedos apontados e sempre de boa fé. Sem condenações sumárias. Assumir as responsabilidades é meio caminho andado para que o grupo se respeite a ele próprio, para que as coisas possam mudar no futuro. Trabalho Há que sublinhar bem o que quer o Benfica para o futuro. E como pensa lá chegar. Ou seja, clarificar. Emendar o que correu mal. E isso passa também pela questão táctica e gestão de grupo. Que papel para Ricardo Rocha? Ele quer ou não ficar? Zahovic é ou não fundamental? Um ou dois avançados? Moreira, Quim ou Yannick? Que papel para os miúdos? A equipa está ou não cansada, como admitiu Trapattoni? Falamos igualmente do aperfeiçoamento do modelo de jogo. Quanto mais afinada a máquina, mais as hipóteses de sucesso. Recuperação Lá diz o povo que o trabalho é a melhor terapia. No futebol, esse trabalho a que damos o nome de treino é não só essencial para que nos jogos tudo corra da melhor maneira como é um espaço em que treinador e jogadores podem exorcizar as suas mágoas, fazendo aquilo que, estamos certos, todos mais gostam. Quanto melhor a qualidade do trabalho, maior a confiança para os jogos. Não duvidamos que treinador, jogadores e dirigentes estão na primeira linha dos que se sentem desiludidos com a perca da Supertaça e de um lugar na Liga dos Campeões. E ao grupo depara-se-lhe uma escolha entre duas vias possíveis: sucumbir à desilusão ou recuperar animicamente. Não há fórmulas mágicas nem instantâneas. O tempo dá uma ajuda, o trabalho outra, a união de grupo fará o resto. E, já agora, uma ajudinha dos benfiquistas também vinha a calhar. Concentração Depois destas etapas, o Benfica entra na fase de executar de novo. Domingo jogará em Aveiro e pede-se ao grupo que entre em campo com cabeça limpa, com ideias bem definidas e um plano de ataque. A concentração será decisiva. A mesma que falhou em momentos importantes dos jogos com FC Porto e Anderlecht. Em alta competição, uma distracção paga-se, por norma, muito cara. Atitude Deve ter sido duro para os jogadores terem ouvido adeptos condenar a atitude que tiveram. Ou a condenação do treinador, ou as dúvidas quanto ao benfiquismo dos dirigentes. Para já, é redutor medir a atitude pelo número de quilómetros percorridos em campo. A atitude começa nos treinos e sente-se ainda antes do apito inicial do árbitro. A atitude é cultura de vitória, é uma aura que envolve todo um grupo e que os adversários cheiram mal entram no relvado. É, em campo, dizer ao adversário que terá de ser muito melhor para vencer. Objectividade Que interessa saber tudo no papel, ter atitude e, na prática, faltar objectividade? Objectividade nas escolhas, nas opções e na concretização. Inteligência, no fundo. Um exemplo: o Benfica, em três jogos oficiais, marcou apenas um golo e sofreu quatro. Na hora de rematar, objectividade é algo que falha redondamente. Consciente do que tem de fazer em campo, o grupo tem de procurar ser cada vez mais objectivo. Superação A pressão é elevadíssima sobre o Benfica. Sobre os dirigentes, pelas escolhas que fizeram e pela gestão do grupo; sobre o treinador, que não teve direito a viver um verdadeiro estado de graça; sobre os jogadores, os melhores na pré-época, agora questionados sem benefício de dúvida. Gerir essa pressão é um dos segredos da recuperação. Há necessidade de um espírito de superação. Já em Aveiro, onde mora um Beira-Mar que preparou este jogo de forma tranquila. Vitória Se o Benfica percorrer com sucesso as etapas anteriores, estará em excelentes condições para chegar à vitória. E essa é a verdadeira mola para que se inverta o ciclo vicioso, para que os problemas deixem de o ser, para que o bom ambiente em redor da equipa se restaure. Há estragos que já não têm arranjo, mas há tanto por conquistar que sobra ainda espaço para a glória.