Académica-Benfica, 0-1

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Um pontapé de raiva de Simão, a dezassete minutos do final, permitiu ao Benfica bater a Académica (1-0), no Estádio Cidade de Coimbra, e destacar-se no primeiro lugar da Superliga, num jogo difícil em que só com a irreverência do capitão encarnado, que chegou a desperdiçar uma grande penalidade, é que permitiu contrariar a falta de inspiração dos homens de Trapattoni que já pareciam ter esgotado todas as soluções para contornar a bem organizada defesa dos «estudantes». Os primeiros minutos da partida permitiram traçar, desde logo, o difícil desafio que o Benfica tinha pela frente. João Carlos Pereira apresentou uma defesa em linha, muito certinha, sustentada pelo apoio de Fredy e Dionattan na defesa das alas e ainda com Vasco faísca e Ricardo Fernandes soltos no miolo do terreno talhados para destruir o jogo dos encarnados. Trapattoni voltou a enganar toda a gente, fazendo tábua rasa das indicações que deu nos últimos treinos da semana optando por João Pereira em detrimento de Geovanni e apostando apenas em Sokota na frente de ataque. Entrou melhor a Académica, mostrando alguma ousadia e atrevimento nos primeiros quinze minutos, defendendo perto da linha do meio-campo e exercendo uma forte pressão no sector onde o Benfica procurava organizar o seu jogo. No entanto, pouco a pouco, os encarnados, com a bola mais tempo em seu poder, foram impondo a sua lei e obrigaram os «estudantes» a recuar para o seu território. No último terço do terreno, tudo se tornou mais complicado para a equipa de Trapattoni que não encontrava espaços para fazer a bola chegar a Sokota, quase sempre na sombra de Danilo. A solução passou pelos remates de longe. Petit deu o exemplo, Manuel Fernandes e João Pereira seguiram pelo mesmo caminho. Simão complica, Simão resolve Nuno Gomes e Karadas começaram a aquecer no início da segunda parte, depois de ter ficado claro que Sokota era insuficiente para provocar desequilíbrios na bem organizada defesa de João Carlos Pereira. Trapattoni ainda esperou alguns minutos, mas uma grande penalidade desperdiçada por Simão, aos 56 minutos, a castigar um agarrão de Danilo ao capitão do Benfica, que tinha encontrado uma fragilidade na muralha de Coimbra, precipitou as alterações que se impunham. Entrou primeiro Nuno Gomes para o lugar do apagado Zahovic e, dez minutos volvidos, entrou Karadas para render o esgotado Sokota. O Benfica continuou a sentir dificuldades em fazer a bola chegar aos seus avançados, uma vez que a Académica, na segunda parte, perdeu interesse em visitar o campo contrário e concentrou-se totalmente na defesa da sua área. No entanto, a sorte e a irreverência de Simão, que não baixou os braços depois do penalty falhado, acabaram por derrubar a resistência dos estudantes. Sorte porque foi graças a um ressalto no pé de Danilo, depois de um remate de João Pereira, que a bola foi ao encontro do capitão do Benfica que, sem marcação, teve todo o tempo do mundo para visar a baliza de Dani. As palavras que Simão soltou depois da bola ter encostado nas redes da baliza da Académica, mostraram toda a raiva que o número 20 tinha contida. João Carlos Pereira ainda tentou uma reacção, fazendo entrar Rafael Gaúcho e Kenny Cooper, mas, nesta altura, o Benfica já era uma equipa feliz e segura nas suas acções. Simão voltou a contar com uma oportunidade soberana para fazer o 2-0, mas já não acertou tão bem na bola. Vitória justa para a única equipa que, na segunda parte, tentou ganhar o jogo. Os encarnados destacam-se, assim, no comando da Superliga ganhando terreno aos seus mais directos adversários.