Alípio Matos fala sobre a UEFA Cup

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www.slbenfica.pt
Alípio Matos fala sobre a UEFA Cup "O Benfica ganha a qualquer equipa" Entrevista ao site oficial do Benfica (www.slbenfica.pt) Alípio Matos fala sobre a UEFA Cup: «O Benfica ganha a qualquer equipa» Algumas semanas após a brilhante qualificação para a final da III UEFA Futsal Cup, o técnico da nossa equipa fala com confiança sobre as possibilidades do Benfica poder conquistar o título de campeão europeu. Mesmo sendo a primeira vez que participa nesta competição e de ser a primeira formação portuguesa a atingir esta fase da prova, o Benfica, nas palavras de Alípio Matos, não teme nenhum adversário e pretende fazer na 2.ª mão da final (a realizar no pavilhão da Luz a 1 de Maio) a festa do título perante o seu público. P. Qual é o balanço que faz do percurso do Benfica na UEFA Cup? R. Tem sido um percurso imaculado, melhor era impossível. Todos os patamares da prova foram cumpridos com algum brilhantismo e essa era uma das nossas apostas este ano. Fazendo um resumo, acho que na primeira fase [que foi mais fácil, enquanto na segunda foi muito difícil], a equipa respondeu plenamente aquilo que se pensava que ela podia fazer. Isso deixa-nos muito orgulhosos e, mais a frio, vemos que defrontámos um adversário bom – o Prato –, um adversário menos bom – o Split – e um adversário fortíssimo [talvez das equipas mais fortes da Europa] – o Charleroi, e isso é que nos dá um optimismo moderado para acreditar que esta equipa do Benfica joga e ganha a qualquer um. P. Em relação à final, como é que a equipa se está a preparar? R. Nesta fase temos de separar duas coisas importantes, até porque em termos de calendário se pudéssemos interromper uma semana antes da UEFA Cup, aproveitávamos para preparar mais atempadamente, e com mais concentração a final da UEFA Cup. Paralelamente ao campeonato, são dois objectivos que temos. E não é fácil, a um mês de distância, estarmos a preparar um jogo quando temos de pensar todas as semanas no jogo que vamos ter. Vamos começar a estudar as coisas na parte da visualização do adversário e do seu conhecimento em pormenor, e apenas na semana anterior vamos preparar mais afincadamente esse jogo que queremos ganhar. P. Conhecendo o adversário, até do jogo da Taça Ibérica, quais são as reais possibilidades do Benfica nesta final? R. Mais do que as minhas palavras, existe algo mais importante que é a visualização desse mesmo jogo. Como dizem os nosso «compadres» da Imprensa espanhola, pelos vistos a final já foi, aconteceu no dia a seguir ao Benfica-Charleroi, entre o Boomerang e o Playas. Para eles a final da UEFA já foi e vamos meramente cumprir calendário. Mas para nós é bom, porque a arrogância e a prepotência às vezes paga-se, e nós queremos que eles paguem por isso. Da nossa parte isso só nos dá mais força, mais motivação e confiança, porque jogámos melhor, jogámos mais, criámos mais situações de golo, o melhor em campo foi o guarda-redes do adversário. Se eu tivesse perdido por cinco, mas não tivesse tido hipótese nenhuma, tivesse sido massacrado e em vez de cinco podia ter levado dez, e ficar contente por só levar cinco é uma coisa. Agora, levar cinco mas ter a qualidade de jogo que tivemos, como pressionámos o adversário a todo o campo, estamos a falar de uma situação completamente diferente. Os jogadores sentiram que podem ganhar a qualquer equipa, e é isso que nos dá força e confiança, e vais ser muito importante na abordagem que vamos fazer ao jogo. P. O facto da 1.ª mão da final ser em Espanha e a 2.ª ser em casa pode ser vantajoso para o Benfica? R. Nos jogos de pavilhão, às vezes ganha-se fora e perde-se em casa, porque o equilíbrio pode acontecer perfeitamente. O que é importante para nós é podermos decidir o título cá, perante o nosso público e com a pressão que vai ser feita. Se pensarmos que vai haver equilíbrio nos jogos, pensamos que uma decisão no nosso campo poder-nos-á ser favorável, mas só por isso, nada mais, porque no resto as equipas desinibem-se e jogam à vontade, quer fora quer em casa. Mas é claro que pode haver prolongamento, ou «penalties» e, estando em casa, pensamos que a pressão do nosso público a nosso favor poderá ser importante na decisão desses pormenores. E nesse sentido, jogar em casa a 2.ª mão com a decisão nas mãos, poderá ter alguma margem de confortabilidade. P. Falando nesse factor público, também seria importante poder contar com um bom apoio mesmo em Madrid? R. Eu penso que há um movimento de muita gente interessada em ir a Madrid. E claro, se nós conseguirmos ter lá muitos sócios e adeptos a puxar por nós, a equipa sente-se quase como em casa, por isso o apoio do público é fundamental. E nós, mais que ninguém, sentimos isso na pele, porque estamos mal habituados. Quando estão 500 pessoas num pavilhão, que os enchem na maior parte das vezes, para nós está vazio porque estamos habituados a ter duas mil ou mais pessoas. Temos sentido essa força, nomeadamente em momentos menos bons, em que nos ajudam a recuperar.