Ausência de um comando forte que motive os jogadores

Fonte
A Bola
Aculpa pode ser do calor. Pode ser de Simão ou da falta dele. Pode ser do treinador ou dos jogadores. Pode ser de algo que a imaginação mais desinibida não consegue alcançar. Um mistério... Este Benfica ainda não sabe o que é ganhar e, mais grave, deixa escapar sinais preocupantes de fraqueza física e mental a menos de duas semanas da pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Não sei se o mal está no casaco ou nas calças, mas é evidente que as coisas não andam bem. O Benfica de ontem foi, de facto, um pesadelo de ineficácia. Culpa de quê ou de quem? Responda quem souber. Os jogadores continuam em regime de férias, por desinteresse, por descrença ou por ausência de um comando forte que os motive, que os espicace, que os faça acreditar. O problema da equipa não se resume a Simão. Creio que se localiza ao nível da comunicação ou da ausência dela. A sensação que persiste do jogo com o Bétis é a de um Benfica desolado, perdido. Culpas? Se alguém as tem, não as assume; quem as não tem, vira a cara para o lado. É assim que acontece em qualquer actividade quando falha a capacidade de prever, primeiro, e de decidir, depois. Não sei se há culpas ou culpados — apenas tenho a minha opinião, mais nada —, mas sei que para vestir este Benfica de um espírito conquistador é preciso agir depressa e com firmeza. Fernando Guerra