Basket: 11 e 5 meses de salários em atrazo a treinadores e jogadores respectivamente

Fonte
A Bola
Benfica deve onze meses O Benfica deve onze meses de salários aos treinadores da equipa profissional de basquetebol, Mário Gomes e André Martins. Os técnicos fartaram-se de esperar por reuniões constantemente adiadas e apresentaram uma queixa formal na Liga de Clubes para tentar resolver o problema. Quem também vai fazer o mesmo são os jogadores Luís Silva, capitão de equipa, e António Tavares, o melhor marcador dos encarnados nesta época, que têm cinco meses de subsídios atrasados. A demissão dos elementos da Comissão Instaladora da SAD para o basquetebol do Benfica pode mesmo ter significado o princípio do fim da modalidade no clube. Jogadores e treinadores não aguentam mais a situação de indefinição que se vive e começam já a movimentar-se para preparar a próxima temporada longe da Luz. Mas antes querem receber aquilo que o Benfica lhes deve. E o caso mais flagrante é o dos técnicos Mário Gomes e André Martins, que não vêem cor ao ordenado há onze meses. Ainda assim não baixam os braços e vão recorrer à Liga de Clubes numa tentativa de resolver o problema. Recorde-se que existe um fundo disponível na Liga que visa colmatar situações de incumprimento por parte dos clubes. Quem também vai pedir intervenção da Liga neste processo são os jogadores António Tavares e Luís Silva. Apesar de estarem de saída do clube, os atletas não querem deixar de receber os mais de cinco meses de subsídios que o Benfica lhes deve. Neste momento, António Tavares encontra-se em Valhadolid, Espanha, onde irá representar, até sábado, a equipa do Forum, no Torneio de Fuenlabrada. E o base internacional português, melhor marcador do Benfica, e terceiro melhor da época regular da Liga (com o pormenor de ser o único português nos 22 melhores atiradores) confirmou mesmo a A BOLA que o seu futuro no próximo ano deve passar pelo estrangeiro. Para ultrapassar este problema dos salários em atraso e do financiamento do basquetebol, a Comissão Instaladora para a SAD tinha um projecto que passava pela contribuição do Benfica, clube, com 260 mil euros anuais, respeitantes à percentagem de quotização dos sócios para as modalidades, acrescidos de mais 25 mil euros, que fariam do Benfica accionista maioritário da SAD, com 51 por cento da quota. Projecto este que abortou antes de nascer.