Fonte
slbenfica.pt
Frente a uma equipa do Gil Vicente que praticamente não passou do seu meio campo nos primeiros 45 minutos, o Benfica teve muitas dificuldades para conseguir alvejar a baliza defendida por Adriano. Ainda assim, a nossa equipa conseguiu criar algumas situações de perigo, principalmente através de jogadas rápidas pelas alas, culminadas com cruzamentos para a área.
Contudo, foi através de um potente remate de meia distância, da autoria de Manuel Fernandes, aos 3’, que o Benfica começou a incomodar o guardião gilista. Apesar de controlar totalmente o jogo, a nossa equipa não conseguia romper a «teia» montada por Ulisses Morais. A bola raramente chegou em condições aos homens mais avançados. Pedro Mantorras (que hoje alinhou no onze titular, ao lado de Karadas) foi mesmo o jogador que mais «mexeu» com o jogo, através das suas incursões, ora pelo centro ora pelas alas.
Antes de se chegar à meia hora de jogo, o Benfica esteve, por duas vezes, perto de inaugurar o marcador. Primeiro, aos 23’, por Karadas – cabeceou bem para defesa de Adriano – e, depois por Dos Santos, aos 26’ – que fez um centro/remate perigoso. Aos 31’, o Benfica marcou… mas não valeu. Depois do centro de Miguel, Mantorras colocou a bola dentro da baliza, mas o árbitro assistente assinalou fora-de-jogo (?). Quando não era o árbitro a interferir, era a falta de pontaria que não deixava o Benfica marcar. Aos 38’, Miguel em boa posição no «coração» da área rematou em rosca.
Só muito perto do fim da primeira parte é que o Gil Vicente conseguiu criar uma jogada de perigo, aproveitando um contra-ataque (depois de uma perda de bola de Petit). Nandinho correu pela esquerda e cruzou para o centro da área, onde Fábio Januário não conseguiu chegar à bola para rematar à baliza.
Festa de Mantorras
Se no primeiro tempo o Benfica não teve muito sucesso nos remates de meia distância, já na etapa complementar, o primeiro deu golo. Aos 51’, Mantorras recebe uma bola perto da entrada da área, ganhou posição e rematou forte e rasteiro, fazendo a bola entrar na baliza, bem junto ao poste da baliza defendida por Adriano. Aquele que tinha sido o mais inconformado da equipa nos primeiros 45 minutos acabou por ser premiado com um golo merecido.
Ao contrário do que se poderia esperar, o golo não trouxe grandes alterações ao jogo. O Benfica continuou a dominar, o Gil Vicente a responder esporadicamente e apenas através de remates de meia distância, sem grande perigo. Quanto a situações dignas de maior destaque, refira-se um livre de Manuel Fernandes, aos 71’, e um remate de Karadas, aos 84’, que saíram perto do poste.
Mesmo depois da expulsão de Rovérsio, aos 70’ (por acumulação de amarelos), e das alterações operadas por Giovanni Trapattoni, o jogo continuou apenas com um sentido: a baliza de Adriano. Apenas a entrada de João Pereira, para o lugar de Geovanni, trouxe maior dinâmica ao corredor direito, onde Miguel começou a aparecer com maior regularidade. Foram mesmo estes dois jogadores que construíram o segundo golo benfiquista. João Pereira ganha a bola na direita, abre para a entrada de Miguel na área, onde este rematou para golo, depois de fintar o guarda-redes.
Mesmo sem fazer uma exibição de «encher o olho», o Benfica fez o suficiente para somar mais três preciosos pontos rumo ao título e consumou o regresso à liderança isolada da Superliga.
Ficha do jogo
Benfica 2 – 0 Gil Vicente
Jogo referente à 25.ª jornada da Superliga, realizado no Estádio da Luz, em Lisboa.
Árbitro: Rui Costa (Porto), auxiliado por Amândio Ribeiro e Nuno Roque.
Benfica – Quim; Miguel, Luisão, Ricardo Rocha e Dos Santos; Petit, Manuel Fernandes; Simão (cap.), Geovanni; Mantorras (67’ João Pereira) e Karadas.
Suplentes não utilizados: Moreira, Fyssas, Alcides, Bruno Aguiar, Everson e Delibasic.
Treinador: Giovanni Trapattoni.
Gil Vicente – Adriano; Rovérsio, Gregory, Nuno Amaro e Nandinho (73’ Sidrailson); Bruno Tiago (78’ Paulo Costa), Ednilson, Casquilha (cap.) (62’ Carlitos) e Luís Coentrão; Fábio Januário e Carlos Carneiro.
Suplentes não utilizados: Salgueiro, Paulo Alves, Braima e Val Baiano.
Treinador: Ulisses Morais.
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Rovérsio (55’ e 70’), Bruno Tiago (73’), Ricardo Rocha (82’). Cartão vermelho para Rovérsio (70’).
Golos: Mantorras (51’) e Miguel (88’).
Resultado ao intervalo: 0-0