Dínamo traz boas memórias

Submitted by Rangers on
Fonte
www.abola.pt
Benfica e Dínamo de Zagreb são velhos conhecidos. As duas equipas defrontaram-se em Setembro de 1980, para a extinta Taça das Taças, numa altura em que a formação croata era ainda parte integrante da ex-Jugoslávia. A eliminatória sorriu aos encarnados, que obtiveram um nulo no jogo da primeira mão, em Zagreb, e garantiram a passagem à fase seguinte com uma vitória a duas bolas, em Lisboa. Nené e o brasileiro César foram os autores dos dois golos que eliminaram o Dínamo Zagreb. Curiosamente, a grande figura daquela equipa e capitão da equipa era o actual treinador da Croácia, Zlatko Kranjcar, cujo filho usa o mesmo nome e joga no Dínamo [ver pags. 16/17]. Orientada pelo veterano técnico húngaro, Lajos Baroti, a equipa encarnada alinhou com Bento na baliza, seguindo-se um quarteto constituído por António Bastos Lopes, Humberto Coelho (substituído aos 30 m por Alberto Bastos Lopes), Laranjeira e Frederico, ficando o meio-campo entregue a Carlos Manuel, João Alves, Shéu e Chalana, com Nené e César como homens mais adiantados. Na Luz, o central Frederico voltou a ser adaptado a lateral, desta feita do lado direito, entrando Minervino Pietra para o lado esquerdo. «São» Bento... Os dois golos que decidiram a eliminatória podem fazer passar uma imagem de facilidades, mas o Dínamo de então foi um adversário extremamente complicado, especialmente no seu reduto. Para sair de Zagreb sem derrota, foi preciosa a espectacular exibição de Bento, que evitou por duas ou três vezes que a equipa da ex-Jugolsávia chegasse ao golo. A lesão do líder da defesa, Humberto Coelho, tornou ainda mais difícil amissão dos companheiros, mas no final, o próprio reconheceu que o sector defensivo tinha demonstrado muita solidez sem ele em campo. Chalana, o mais talentoso jogador da equipa também não deixou os créditos pormãos alheias, tendo sido considerado o melhor, a seguir a Bento. Na segunda mão tudo foi mais fácil, até porque o golo madrugador de Nené tranquilizou a equipa. César fixou o marcador em 2-0 aos 56 m, numa noite que ficou marcada por um incidente insólito. Chamado a substituir César, o brasileiro Jorge Gomes recusou-se a entrar, pelo que Lajos Baroti decidiu apostar em Vital. Hoje é tudo diferente. No mapa e no futebol. A Jugoslávia dispersou-se por vários países. Mas a sua escola de futebol continua a ser temível...