Eles estão loucos com o Benfica

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www.abola.pt
Krasnodar, 12 horas, menos três em Portugal. Junto à porta do Hotel Moscovo, algumas dezenas de jovens esperam ansiosamente por um autógrafo, por uma foto de algum jogador do Benfica que (por sorte) decida dar um saltinho até à rua. O que este animado grupo de adolescentes ainda não sabe é que, dentro de instantes, todos os elementos do plantel, todas as estrelas da águia, vão sair para um curto passeio pelas ruas do centro da cidade que, hoje, acolhe o desafio dos 16 avos-de-final da Taça UEFA, entre os encarnados e o CSKA Moscovo. Como passar dos minutos, o número de curiosos aumenta. Enquanto aguardam pelos ídolos — os nomes mais mencionados são Nuno Gomes e Simão —, os jovens vão-se divertindo, pedindo assinaturas a alguns elementos do staff do Benfica que, por esta hora, já acederam ao exterior da unidade hoteleira. No hall está já Giovanni Trapattoni, acompanhado de alguns dos jogadores. Cá fora, as emoções estão ao rubro, prontas a explodir. Algumas jovens não se contêm perante a visão de tão famosas personagens e avançam, de caneta e papel na mão, rumo ao interior do hotel. Durou pouco a aventura. Deforma cordial, os elementos de segurança, ajudados pelo treinador do Benfica, repuseram a ordem, mas apenas no interior, porque, no exterior, a loucura foi infernal. Mantorras, onde estás? De Quim a Simão, de Manuel Fernandes a Nuno Gomes, num ápice as estrelas da águia foram rodeadas pelos jovens que, durante os 15 minutos da caminhada, não mais lhes deram descanso. Divertidos e bem dispostos, os jogadores encarnados foram respondendo às solicitações com largos sorrisos. Porém, o assédio foi tal que, a certa altura, alguns começaram a ficar para trás. Mantorras foi um deles, necessitando, inclusive, de fazer corta-mato para juntar-se ao grupo. Logo depois, o apanhado foi Miguel que, instantes antes, conversava animadamente com Trapattoni. Estava na hora de regressar ao hotel, para o almoço de grupo. No coração dos benfiquistas ficava, certamente, o carinho do emotivo e afectuoso povo de Krasnodar. Lentamente, a cidade volta ao normal.