Estou em boas mãos

Fonte
www.abola.pt
Roger entrou no hospital de sorriso nos lábios, mostrando mesmo uma agradável boa disposição numa hora tão difícil para a sua carreira. A razão para tanta confiança tinha um nome: Bernardo Vasconcelos. O brasileiro explica: «Não tenho nada a ver com a situação que foi criada entre o departamento médico e a directoria. Sou jogador do clube e quero estar no melhor ambiente possível para fazer uma operação como esta. Neste ponto, Bernardo Vasconcelos é o melhor médico português, aquele que melhor faz este tipo de operação. Sinto-me em muito boas mãos.» Se dúvidas ainda restassem, Roger fez questão de as desfazer de imediato com o reforço da ideia expressa anteriormente: «As expectativas são as melhores possíveis. Estou tranquilo e tenho plena confiança neste médico. Só me preocupo agora em recuperar o mais rapidamente possível para poder voltar a jogar.» «Às vezes passamos por situações que não são esperadas, mas temos de saber superar os obstáculos», referiu depois o médio brasileiro, que não deixou de dizer que sentiu que a intervenção cirúrgica lhe parecia a única solução possível nesta fase: «Tentámos de tudo para evitar esta operação, mas não o conseguimos. É uma lesão muito complicada de se tratar e esta foi a melhor solução.» Quando Roger partiu para Madrid, por indicação de José Antonio Camacho na tentativa de evitar uma intervenção cirúrgica, pensou-se que poderia acontecer um milagre na capital espanhola e o médio voltaria pronto para lutar por um lugar na equipa. Não resultou. Bastou meia parte do jogo particular com o Barcelona para se perceber isso. Resta a resignação, como diz o brasileiro: «O tempo de paragem será maior assim, mas não tínhamos outra opção. Sinto que agora é para ficar bom de vez...» Difícil voltar esta época Roger parecia muito confiante antes da operação, mas nem isso lhe afastou alguma mágoa quando passou a falar do longo tempo de recuperação que tem agora pela frente: «É muito difícil jogar esta época, só se der para participar em um ou dois jogos, mas é nos momentos mais difíceis que temos de nos mostrar uns vencedores. Só sabendo como são difíceis estes momentos é que encontramos força para dar a volta por cima.» O brasileiro sente-se com força para enfrentar a tristeza de ficar afastado dos relvados aproximadamente dois meses e meio. «O mais importante é ficar bom de vez. O tempo que leva para que isso aconteça é secundário. Tenho de ficar um mês em repouso completo e depois trabalhar para voltar o mais rapidamente possível.» A primeira etapa está ultrapassada!