Euroarea so ker garantias

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Fonte
A Bola
Euroárea só quer garantias O Benfica não pagou 12 milhões de euros à Euroárea (o prazo terminou anteontem) e a dívida aumentou agora para 24 milhões. De acordo com notícias vindas a público, as verbas dos contratos televisivos com a Olivesdesportos podem ser canalizadas para a empresa credora e existe o receio do embargo das obras do novo estádio. Todavia, amanhã vai decorrer uma reunião e, segundo A BOLA apurou, a Euroárea apenas pretende garantias do pagamento de parte da verba a curto prazo. Os dirigentes benfiquistas estão confiantes nesta matéria. O administrador da SAD e vice-presidente benfiquista, Tinoco de Faria, e o vice-presidente para o património, Mário Dias, vieram a público afirmar que as obras do novo estádio não vão parar. Efectivamente, de acordo com várias fontes, Euroárea e o Benfica nunca se encontraram em litígio absoluto. A empresa quer realmente receber o dinheiro a que tem direito e a concretização do pior cenário – o aumento de 12 para 24 milhões de contos – não é definitiva. Os encarnados terão, isso sim, de liquidar os 12 milhões inicialmente acordados e até existe a possibilidade de o fazerem em mais de uma ou duas tranches. Ainda existe flexibilidade por parte da Euroárea, que apenas pretende, na reunião de amanhã, receber do Benfica a garantia de que pode, a curto prazo, receber uma parcela importante do montante em dívida. A paragem das obras, o embargo dos terrenos onde se situa o novo estádio e a perda do dinheiro da Olivedesportos não passam, por enquanto, de consequências virtuais. A Euroárea, como empresa que ambiciona o lucro, pretende receber aquilo a que tem direito, mas não a qualquer preço. Pondera, por isso, recuperar a relação com o Benfica e promover a liquidação da dívida da forma mais simples. As letras da Olivedesportos só poderiam ser descontadas a conta-gotas e a intenção da empresa passa por receber de uma forma mais célere. Os mecanismos que possam prejudicar o Benfica não serão accionados de ânimo leve e, até que se realize a reunião de amanhã, nada vai ser feito nesse sentido, garantiu fonte bem posicionada da Euroárea. Agora, o clube da Luz terá de se apresentar no encontro com trunfos na manga. Não poderá deixar de garantir a liquidação de uma verba significativa no mais curto espaço de tempo. Uma situação preocupante, mas não alarmante, já que o Benfica ainda tem espaço de manobra. Obrigatória, isso sim, parece ser a necessidade de convencer a Euroárea com garantias financeiras. Dificuldades financeiras eram conhecidas Junto de fonte bem colocada na Direcção do Benfica, A BOLA apurou que, já em Dezembro último, aquando do acordo celebrado entre as partes, o Benfica teria alertado a Euroárea para o facto de não possuir capacidade para liquidar os 12 milhões de euros em tempo útil. Até final de Junho, leia-se. Ou seja, a empresa tinha conhecimento de que os encarnados apenas poderiam pagar no próximo mês de Dezembro. Os dirigentes encarnados receberam, portanto, as recentes notícias com surpresa, principalmente porque colocam o clube numa situação de pressão com a qual não contavam. Contactos apenas entre os advogados O presidente do Conselho de Administração da Euroárea, o general Sérgio Dias Branco, mostrou-se muito cauteloso em relação ao assunto. Foi parco em palavras e tão pouco quis abordar algumas questões que ainda permanecem sem explicação. «Não vou fazer grandes comentários. A situação está a ser tratada pelos advogados de ambas as partes. Da minha parte não há contactos directos com alguém do Benfica. Mas não quero pronunciar-me porque tudo está entregue à área jurídica da empresa, que foi encarregue de negociar com o Benfica», disse o responsável. O presidente do Benfica, Manuel Vilarinho, foi ainda menos expansivo, informando que não iria fazer quaisquer comentários sobre o assunto