Everson para 2 meses

Tal como A BOLA adiantou na edição de ontem, Everson foi anteontem à faca para curar de vez o síndroma pubálgico que o acompanhava há mais de oito meses, lesão contraída ainda ao serviço do Nice, o clube que representava antes de ingressar na Luz. A intervenção cirúrgica não se realizou na Alemanha, como o nosso jornal referiu, mas sim no Hospital Amadora-Sintra — estava, de facto, prevista a sua deslocação a solo germânico pois foi aí que efectuou as primeiras observações quando alinhava pelos franceses, mas a derradeira indicação do departamento médico encarnado apontou para a unidade hospitalar onde trabalha Vítor Coelho, um dos médicos do clube. A operação demorou quase uma hora, foi levada a cabo pelo especialista português Nuno Pinheiro e Everson já começou a «recuperação funcional». Esta fase pressupõe repouso absoluto e controlo dos movimentos, pois um simples tossir provoca naturais dores na zona afectada. O brasileiro abandonou ontem o hospital e ficará três a quatro semanas a repousar. Luta com a dor Everson foi a última contratação efectuada no defeso mas foi o que menos jogou, à excepção de Alcides. O médio foi contratado já lesionado e na Luz esperava-se que o «tratamento conservador» resultasse — reforço dos músculos adutores e abdominais. Mas as dores nunca pararam. Chegou a jogar quatro partidas mas sempre num plano físico deficiente. Agora recorreu-se à última instância: a operação. Pressupõe algum tempo de paragem — pode ir aos dois meses— mas resolve o problema de vez. Em Fevereiro, o pé canhão de Everson estará de volta.