Favorecidos (porto)

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Fonte
TVI.iol.pt
|| Peço desculpa por apresentar uma noticia do porto, mas julgo que nesta altura ninguem faz nada para desmascarar todas as situaçoes em que o porto é favorecido(torre das antas, centro de estagio, e agora pelos vistos terrenos), nao admira que depois tenham dinheiro para construir equipas....|| A Câmara Municipal do Porto, liderada por Nuno Cardoso terá cometido várias ilegalidades no negócio do reparcelamento dos terrenos das Antas, com vista à execução do plano de pormenor. Um relatório da Inspecção-Geral das Finanças (IGF) revela que há um prejuízo para o erário público na ordem dos 80 milhões de euros. O documento a que a TVI teve acesso recomenda o envio do relatório ao Ministério Público por indícios de favorecimento ao FC Porto, com prejuízo para a autarquia. Feitas todas as contas e de acordo com o relatório da auditoria da Inspecção-geral das Finanças, a Câmara Municipal do Porto aprovou pagar ilicitamente a terceiros 71 milhões de euros. Para além disso gastou na execução de infra-estruturas 9 milhões de euros que deveriam ter sido suportados por todos os proprietários dos terrenos. Ao todo são 80 milhões de euros que a autarquia devia ter poupado e não poupou. O modelo adoptado foi o reparcelamento. Em traços simples tratava-se de transformar toda a área de implantação do PPA em zona de construções em benefício dos proprietários existentes. Ao todo mais de 380 mil metros quadrados. Para tanto, a autarquia aceitou fazer as infra-estruturas e em troca recebia 25 por cento de edificabilidade de todos os proprietários. No início a Edilidade era proprietária de 10 por cento dos terrenos na zona de implantação do PPA. O FC Porto tinha metade, mas apenas podia construir equipamentos desportivos. Havia mais 43 proprietários privados, entre os quais a Soares da Costa, a Lameiras e a Sociedade Protectora dos Animais. No entanto, o executivo liderado por Nuno Cardoso, acabou por oferecer a alguns parceiros cerca de dois terços do que tinha recebido e ao FC Porto os terrenos para o estádio e mais 60 mil metros quadrados cujo valor é de 55 milhões de euros. E ainda indemnizou indevidamente a Soares da Costa, a Lameiras, a SPA e outros particulares. São sessenta páginas em que a IGF desmonta todo o negócio e afirma que houve danos para o erário municipal. No despacho do Inspector-Geral das Finanças a que a TVI teve acesso é referido que foi efectuada participação ao Ministério Público por indícios de favorecimento ao FC Porto com prejuízo para a autarquia.