Fehér nos tribunais europeu

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Fonte
www.abola.pt
Os elementos da Comissão Arbitral da Liga ouviram ontem as testemunhas do processo Fehér, num julgamento com sessão única, após o adiamento do passado dia 19 de Setembro. A sentença será proferida nas próximas semanas. A favor do jogador, testemunharam os empresários José Veiga e Alexandre Pinto da Costa, bem como Fernando Gomes (o bibota de ouro), Tinoco Faria, Emílio Peixe (que passou no F. C. Porto uma situação parecida com a de Fehér) e ainda Octávio Machado, que foi a surpresa do dia: o ex-treinador dos azuis-e-brancos testemunhou do lado do húngaro (quem diria!), em mais um claro sinal de que está em rota de colisão com os responsáveis do F. C. Porto, desde a sua saída das Antas. Do lado dos portistas, testemunharam José Mourinho (que quando chegou ao F. C. Porto tinha Fehér na equipa B), Ilídio Vale (técnico do húngaro na equipa de recurso dos azuis-e-brancos), Costa Soares, Luís Gonçalves e Daniel Pereira. Ocruzamento de pessoas que, no passado, já estiveram em campos opostos não deixou de ser curioso. Mais ainda, porque todos estiveram frente a frente, à espera de serem ouvidos... «Caso» Bosman em ponto pequeno... O advogado do F. C. Porto neste processo é Paulo Samagaio, sendo João Correia o representante jurídico do Benfica e do jogador. Uma coisa é já certa: a complexidade deste caso levá-lo-á ao Tribunal de Justiça da Comunidade, uma instância europeia. João Correia garantiu que «o recurso para esse órgão é certo, seja qual for a decisão ». Tudo começou com a reclamação, por parte do F. C. Porto, de uma verba, do Benfica, pela formação e promoção de Fehér, na ordem dos sies milhões de euros. No plano oposto, o jogador apresentou uma acção, que ainda decorre, no Tribunal de Trabalho, contra os azuis-e-brancos, acusando o F. C. Porto de o ter impedido de exercer a sua profissão. E é aqui que este caso se complica. O Benfica pretende recorrer para o Tribunal de Justiça da Comunidade, expondo a situação por que Fehér passou nas Antas. «Podem ter sido postas em causa as garantias de livre circulação », aponta João Correia, que não rejeita a comparação, embora «em ponto pequeno» com o caso Bosman.