A história ao lado da velha raposa

Fonte
www.abola.pt
Em apenas dois jogos se jogam todas as esperanças, a diferença entre os milhões da Liga dos Campeões e a desilusão de um contentamento chamado Taça UEFA. É esse o desafio que se depara a Giovanni Trapattoni no jogo com o Anderlecht. Homem habituado a grandes conquistas e que diz que veio aPortugal para enriquecer ainda mais o seu palmarés, não quer por nada perder a oportunidade de fazer história e colocar o Benfica na prova mais importante do calendário europeu. Pré-eliminatória na Fiorentina A história a jogar ao lado do treinador do Benfica. Giovanni Trapatonni já passou por esta situação em 1999/2000. Defrontou um adversário mais acessível (Widzew Lodz), é verdade, mas para a história fica que seguiu em frente, vencendo os dois encontros (3-1 e 2-0). O mágico Rui Costa ajudou muito.É assim o destino: um pouco de Benfica a ajudar o treinador italiano. Nesse ano Trapatonni foi eliminado num grupo intenso onde seguiram em frente Manchester United e o surpreendente Valência, que chegou à final e foi batido pelos compatriotas do Real Madrid por 3-0. Agora, Trapatonni não tem a magia de Rui Costa, não tem o instinto matador de Batistuta, mas tem esperança, muita esperança. E uma equipa que na pré-época já deu provas de que foi herdando do treinador aquele espírito guerreiro e uma capacidade de ser tacticamente muito forte. Serão estas as armas do Benfica, que tem nesta eliminatória com os belgas do Anderlecht a oportunidade de vingar a derrota na final da Taça UEFA em1982/83 (1-0 na Bélgica e 1-1 na luz), era Sven Goran Eriksson treinador dos encarnados. A emoção vai crescendo, a fé dos benfiquistas parece inabalável. Enquanto nas bilheteiras os ingressos voam com uma velocidade espantosa, olha-se para a história e vê-se que chegou a altura de ajustar contas e esperar que a história prove que Trapattoni não é homem de ser afastado tão cedo da competição onde todos querem estar e que acaba sempre por reforçar os cofres das equipas que nela competem.