Homenagem ao presidente que nunca se cansava

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www.abola.pt
Uma cerimónia discreta, com a presença de poucas figuras ligadas ao clube, mas com os amigos que com ele travaram muitas lutas ao serviço do Benfica. O velório iniciou-se às 18 horas, na Igreja Santa Joana Princesa, à Av. Estados Unidos da América, e aos poucos foram surgindo várias personalidades que quiseram dar o último adeus a João Santos. O Sporting enviou uma coroa de flores, mas também a Associação Naval de Lisboa, agremiação da qual foi dirigente durante largos anos- a canoagem era outra das suas paixões. O general Almeida Bruno, o ex-jornalista de A BOLA, Aurélio Márcio, o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Vítor Vasques, o comandante António Sequeira, e o presidente que sucedeu a João Santos naLuz, Jorge de Brito, foram os primeiros que se deslocaram à igreja. Seguiu-se o presidente do conselho fiscal, Walter Marques, o ex-presidente da mesa da Assembleia Geral, Adriano Afonso, o exdirigente Gaspar Ramos, o vice-presidente Mário Dias, o presidente da mesa da Assembleia Geral, Tinocode Faria, e a família de Luís Filipe Vieira, representada pela esposa Vanda Vieira e pelos filhos Tiago e Sara - o líder dos encarnados, como se sabe, estánaRússia a acompanhar a equipa. Muito mais que as finais O que no futuro dirão de João Santos foi aquilo que Walter Marques fez questão de frisar: "Um presidente muito dedicado e que marcou uma época áurea do Benfica. Mesmo nestes últimos tempos ele estava sempre presente no camarote presidencial, apesar das dificuldades motoras, a apoiar o clube." Jorge de Brito, vicepresidente para o futebol à altura, e quem lhe sucedeu no cargo, destacou a sua energia e o perfeccionismo que emprestava a cada acção desenvolvida. "Chamava-nos a atenção para pormenores que escapavam a todos, mas corrigia-nos de uma forma muito subtil. Mas também me recordo de muitas reuniões que tivemos até às cinco da manhã e ele era aquele que estava menos cansado", afirmou. A opinião é corroborada por Adriano Afonso. "Participava em tudo o que era necessário e nunca desistia. Também estive com ele nas duas finais da Taça dos Campeões Europeus", declarou, pouco antes de Neno também honrar o seu nome: "Era muito amigo dos jogadores, dava-nos tudo o que precisávamos. Era o presidente na verdadeira acepção da palavra." O corpo de João Santos sai hoje da Igreja Santa Joana Princesa para o cemitério de Alto S. João, às 10.30 horas, depois da missa solene que terá início meia hora antes.