isto é demais!!!!

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O RECORD CONTINUA NO SEU MELHOR:::FILHOS DA P:::: O grande Mantorras Apetece-me escrever que esta situação embaraçosa (do passaporte rasurado) não ocorreria no FC Porto Se Mantorras tinha na mala um passaporte válido, porque é que se dispôs a rasurar aquele que estava caducado? E por que é que viajou com dois passaportes, quando qualquer pessoa precisa apenas de um? Qualquer Poirot de pacotilha colocará estas questões para as quais não existem, até ver, respostas do tipo "elementar, Watson". E porque todos gostaríamos de perceber por que é que estas coisas acontecem, seria bom que alguém no-las explicasse. Alguém do Benfica, por exemplo. Mas mesmo do Benfica, alguém eleito, de preferência. Quando o velho Benfica e a nova Benfica SAD transpiram profissionalismo por todos os cantos, com gestores, directores e assessores, alguém explique se, por exemplo, existe um empregado do departamento de futebol responsável pela verificação da documentação dos jogadores. E, a propósito desta dúvida, apetece-me escrever que esta situação embaraçosa não ocorreria no FC Porto, porque o incontornável Luís César lá estaria, à partida, a distribuir os cartões de embarque e os passaportes, sem falhas, com tudo verificado. No Benfica, há alguém para fazer estas coisas tão insignificantes que até dão para um jogador ficar detido? Quem gosta de futebol e o segue com atenção, habituou-se a observar Mantorras com alguma condescendência, depois daquelas arrancadas monumentais que certa noite, em Alverca, arrasaram o Sporting. Mas, depois disso, os disparates sucederam-se. Primeiro foi a cláusula de rescisão de 90 milhões de euros, que talvez o tenha levado ao convencimento de ser o novo Eusébio, depois foi a lesão para cuja recuperação deficiente só houve um culpado: o médico. E agora o caso do passaporte falsificado, vá lá, condescenda-se na rasura. Mantorras tem responsabilidades na história, é óbvio que tem, mas não está sozinho. A estreia dele na SuperLiga aconteceu há cinco anos. Há tanto tempo e há tão pouco tempo. Entre os 17 e os 22 anos que hoje conta, não concluiu o processo de formação que justificaria a fama que o deu como um avançado de larguíssimo futuro. Entre a má fortuna da lesão e as cabeçadas da vida não houve quem fosse capaz de lhe dar a mão. Um amigo, um companheiro, um vizinho, até. Dizem que Mantorras falsificou o passaporte pelo seu próprio punho, ansioso que estava por participar no estágio da Suíça - é a versão mais acabada da condescendência mantorrista. A partir daqui, é preciso que alguém lhe explique o que é um passaporte, a lei, a polícia, o Estado. O Benfica, já agora.