Koeman: "Ninguém pode relaxar"

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O Jogo / Benfica
"Ninguém pode relaxar" Numa extensa entrevista ao jornal "O Benfica", que hoje sai para as bancas, Ronald Koeman defende que revalidar o título vai ser mais difícil porque "os adeptos querem mais e os adversários não dormem". O técnico holandês garante, no entanto, que vai exigir muito "trabalho, entrega e disciplina" Na primeira entrevista que concedeu desde a sua chegada a Portugal, Ronald Koeman manifestou-se orgulhoso por poder liderar "um clube tão importante" como o Benfica e alertou para as dificuldades que a equipa vai encontrar no ataque à revalidação do título nacional. "Ninguém pode relaxar porque, agora, começamos outra vez do zero e temos de trabalhar cada dia mais. Os adversários não dormem, querem reagir e vão dar o máximo para tentar ganhar", avisou o técnico holandês na entrevista ao jornal "O Benfica", que esta manhã saiu para as bancas. "Penso que é sempre mais complicado ir para uma equipa que ganhou o título porque se fez muito esforço para conseguir ganhar. Se o trabalho, a entrega e a disciplina forem as mesmas, teremos mais possibilidades de ganhar, outra vez, o Campeonato", considerou, reconhecendo ser grande a pressão que recai sobre a equipa encarnada. "A pressão existe sempre nas equipas grandes, que têm obrigação de estar no topo, de ganhar. Eu sei como, e quando não se ganha todos ficam desiludidos, mas isso é normal. Cada vez será mais difícil, porque se ganhamos um Campeonato os adeptos querem ganhar outra vez." Ronald Koeman confessa não conhecer profundamente o futebol português - "Não posso falar muito da Liga portuguesa, porque vi poucos jogos" -, mas vai dizendo que "tem muito nível, porque tem jogadores bons tecnicamente, rápidos, com habilidade e que também têm evoluído em termos tácticos". Sobre o Benfica, considera: "Mesmo de fora, vê-se que é um grande clube. Mas, principalmente, quando se está cá dentro vê-se como as coisas funcionam e, a cada dia que passa, percebe-se que é maior do que se pensa. Tem uma grande história, com grandes jogadores, como Eusébio - que é um ídolo para toda a gente -, e creio que se percebe melhor a grandeza quando se está cá dentro." O ex-treinador do Ajax adiantou ainda que vai ver, nas próximas semanas, vídeos da equipa, para "ficar com um bom conhecimento" do grupo de trabalho e dos atletas. "Conheço alguns jogadores, principalmente através dos jogos da selecção, porque na Holanda dá-se maior importância às ligas espanhola, inglesa e italiana do que à liga portuguesa - pode ser que agora mude um pouco, visto estarem cá dois treinadores holandeses. Conheço o Simão da altura em que fui adjunto de Van Gaal no Barcelona. A partir de agora, terei tempo para os conhecer", declarou, considerando ainda o futebol do Sul da Europa "mais emotivo". "E também a Imprensa é mais influente e atenta ao futebol", considerou.