Koeman - Quem não o conhece?

Fonte
slbenfica.pt
É claro que todos aqueles minimamente atentos ao fenómeno futebolístico reconhecem em Ronald Koeman um dos melhores defesas-centrais das últimas décadas. Hoje, aos 42 anos, o antigo esteio da defesa da selecção holandesa ou da “Dream Team” do Barcelona é um treinador com provas dadas e títulos conquistados. Saber o que é ser campeão... a dobrar Após ter terminado, com a camisola do Feyenoord, uma carreira carregada de êxitos, Ronald Koeman tornou-se adjunto de Guus Hiddink na selecção da Holanda. Um ano depois, em 1998, foi convidado a regressar ao Barcelona, então como adjunto de Van Gaal. Nessas duas temporadas foi, ao lado de José Mourinho, um dos braços direitos do técnico holandês, tendo orientado jogadores como Figo, Vítor Baia, Fernando Couto e... Simão, que reencontra agora no Benfica. Duas temporadas depois, em 2000, optou por seguir carreira como treinador principal, tendo sido o Vitesse o seu destino. O seu trabalho rapidamente deu nas vistas, o que lhe valeu a ida para o Ajax a meio da temporada 2001/02. E a escolha não podia ter sido melhor, pois ganhou o campeonato holandês e a Taça logo nessa época. Vencedor da Supertaça da Holanda em 2003, foi eleito Treinador do Ano do seu país na mesma temporada. Fez valer tal título em 2004, quando voltou a levar o Ajax à conquista do título. Desvinculou-se do clube de Amesterdão em Fevereiro deste ano, tendo sido alvo de várias propostas de grandes clubes europeus. Assim, chegado a este defeso sem Trapattoni, o Benfica escolheu Koeman e... Koeman escolheu o Benfica. É a junção perfeita de um ex-jogador de gabarito mundial e treinador em franca ascensão com um clube detentor de uma história quase inimitável e em franca recuperação a todos os níveis. Um líder com “pé de ferro” Figura de proa do futebol europeu no final da década de 80 e início dos anos 90, Ronald Koeman ficou conhecido por ser um defesa-central detentor de uma força física impressionante, por possuir um sentido posicional quase perfeito e, claro, pelo seu potentíssimo pontapé (193 golos apontados ao longo de toda a carreira é obra). Digamos que desde que Ronald Koeman terminou a sua carreira de futebolista, apenas Roberto Carlos conseguiu aproximar-se do holandês no que toca à fama que os seus pontapés livres ganharam. Enquanto jogador, Koeman estreou-se no Gronigen, mas destacou-se ao serviço do Ajax, do PSV Eindhoven, do Barcelona, do Feyenoord (onde terminou a carreira) e da selecção holandesa. Foi ele o primeiro jogador do PSV a marcar uma grande penalidade na célebre final da Taça dos Campeões de 1988, que o Benfica perdeu na lotaria dos penalties. Poucas semanas depois levantaria o troféu correspondente à conquista do Campeonato da Europa pela “laranja mecânica”, onde formou com jogadores como Rijkaard, Gullit e Van Basten uma equipa de sonho. No ano seguinte transferiu-se para Barcelona, onde esteve seis anos. Koeman era o principal esteio da defesa numa equipa que ficará para sempre na história do futebol europeu. Johan Cruyff era o treinador e fez do seu compatriota o líder natural de uma formação de estrelas, como Stoichkov, Bakero, Romário, Laudrup, Guardiola, entre tantos outros... Note-se que foi Koeman o herói dos catalães, quando em 1992 estoirou para o golo, na sequência de um dos seus famosos livres directos, dando o título europeu ao Barça. Enquanto jogador, ganhou ainda uma Supertaça Europeia, quatro campeonatos da Holanda (um pelo Ajax e três pelo PSV), três Taças da Holanda, bem como quatro campeonatos e uma Taça de Espanha. Ao serviço da selecção holandesa, contabilizou 78 internacionalizações (entre 1980 e 1997), tendo marcado 14 golos. O mínimo que se pode exigir a quem trabalhe ou esteja na presença de Koeman é algo que o seu invejável currículo lhe confere: respeito. Daí ser esta uma aposta de grande valor da direcção do Benfica, à imagem do que já sucedera com as escolhas de José Antonio Camacho e Giovanni Trapattoni.