«Lesão de Mantorras não tem a ver com as anteriores», diz Ramon Cugat

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A lesão sofrida por Pedro Mantorras no joelho direito e que obrigou o avançado angolano a ser submetido à quarta operação, esta sexta-feira, nada tem a ver com as anteriores. A garantia foi dada por Ramon Cugat, o médico catalão que tem acompanhado e comandado o processo de recuperação do jogador nos últimos meses. Depois da artroscopia efectuada no hospital Amadora/Sintra, e que durou cerca de hora e meia (o «staff» do Benfica, com Luís Filipe Vieira à cabeça, deixou o local pelas 21.15) os responsáveis decidiram efectuar uma conferência de imprensa no estádio da Luz, para fazer o ponto de situação sobre os problemas clínicos do jogador angolano, cujo regresso aos relvados estava a ser uma das notas mais positivas da pré-temporada na era-Trapattoni. Acompanhado por João Paulo Almeida, Rodolfo Moura e Vítor Coelho, do departamento médico do Benfica, Cugat fez questão de frisar que, nesta altura, não é prudente estabelecer prazos para a recuperação de Mantorras: «Não arrisco o tempo de paragem, porque os médicos também se enganam. Temos de ser realistas: não podemos dar falsas esperanças e criar falsas expectativas. Voltará quando estiver bem. Creio que poderá voltar a jogar, mas não sou Deus, sou um homem; por isso não quero criar falsas expectativas». Cugat acrescentou que a lesão se manifestou muito recentemente: «Esta é uma lesão nova, no côndilo femural interno. Perguntei ao Mantorras se tinha sentido algum toque especial, mas nem ele sabe explicar. Mas são duas lesões completamente diferentes e isso deixou-nos mais tranquilos. Este joelho direito criou-nos muitos problemas e agora estava tão tranquilo, ao vê-lo jogar, contra o Real Madrid...», lamentou. Apesar de tudo, a forma como a artroscopia decorreu deixou alguns motivos de satisfação: «Ficámos todos muito contentes porque, apesar de o joelho ter sofrido tanto, o lado externo estava muito bem. Isso já não acontecia com o lado interno. Anteontem ele deverá ter sofrido algum toque e fez uma fractura de cartilagem e por isso é que o joelho estava inflamado», adiantou. O médico catalão aproveitou para explicar o que o levou a decidir por nova intervenção: «Ontem à tarde o senhor Rodolfo Moura telefonou-me a dizer que o joelho de Mantorras estava inchado. Falei várias vezes com João Paulo Almeida e com o meu amigo Vítor Coelho, discutimos a situação e decidimos picar o joelho para tirar o líquido. Já não dormi tranquilo. Esta noite disse à minha mulher que vinha para Lisboa». Cugat lembrou também que o processo de recuperação terá de ser especialmente cuidado, por força dos antecedentes relativos à situação do jogador: «Será um processo a cumprir pouco a pouco. Há que proteger o joelho mais do que o normal, porque sabemos que não temos menisco externo», concluiu.