Magia no ar

Fonte
abola.pt
A festa estoirou por todo o Portugal mal o árbitro Pedro Henriques terminou o jogo no Bessa, mas ninguém pode negar, e os próprios jogadores enalteceram essa situação, o ponto alto aconteceu precisamente no ninho da águia, ou seja, em pleno Estádio da Luz. Num ápice, cerca de 60 mil adeptos nas bancadas que, durante largas horas, foram alternando os cânticos entre «Benfica! Benfica », «campeões, campeões, nós somos campeões» ou ainda «ninguém pára o Benfica...». Loucura total, alegria imensa, própria de quem nunca desistiu e esperou onze anos por aquele momento. No meio do relvado o palco estava montado, as luzes estrategicamente colocadas e o espectáculo preparado. Por lá passaram dezenas de artistas, que foram animando uma noite que, apesar de fresca, ferveu no que à paixão clubística diz respeito. Sempre com um enorme respeito e a enaltecer o feito do Benfica. Nunca, em nenhum momento, se ouviram provocações aos rivais. Vou levar-te para casa... Mas, entre os vários artistas presentes, entre eles Dina, Rute Marlene, Anjos e por aí fora — na folha entregue à comunicação social constavam cerca de 33 nomes de cantores ou bandas... —, o melhor estava mesmo guardado para o fim. Os penúltimos a entrar em cena, os Da Weasel, levaram ao rubro aqueles milhares. Os pulos começaram aos primeiros acordes e quando o vocalista da banda, Pac Man, que envergava uma camisola do Benfica, com o número 23, começou a cantar vou levar-te para casa, tomar conta de ti... deve ter-se arrepiado com a resposta pronta que chegou das bancadas. Os UHF, última banda a entrar em cena, fecharam em beleza o espectáculo. Também eles tiveram preciosa ajuda no Sou Benfica. Nesta fase, e porque a noite já ia longa, eram muitos aqueles que, devido aos inevitáveis excessos, encostavam a cabeça ao vizinho. Outros, porém, andavam... apoiados. Encharcados em álcool, perderam o melhor. Que entrem os artistas Faltavam cerca de oito minutos para as quatro da madrugada quando o autocarro do Benfica chegou ao estádio. Os écrãs gigantes do recinto permitiam aos adeptos acompanhar o momento. O ambiente aqueceu. E ferveu quando um dos speakers de serviço começou a chamar os campeões. Primeiro o departamento médico; depois o staff de apoio, entre eles o histórico Shéu. Os jogadores entraram pela seguinte ordem: Alcides, Luisão, André Luís, Delibasic, Petit, Karadas, Bruno Aguiar, Everson, Carlitos, Geovanni, João Pereira, Quim, Moreira, Miguel, Dos Santos, Manuel Fernandes, Nuno Assis, Nuno Gomes, Fyssas, Paulo Almeida, Mantorras, Ricardo Rocha e Simão (o capitão, um dos mais aplaudidos, com Luisão, Petit, Mantorras, Manuel Fernandes, Nuno Gomes e Ricardo Rocha, assinou entrada acrobática, com uma cambalhota). Por fim, equipa técnica, José Veiga e Luís Filipe Vieira. Loucura total. Algumas mulheres dos jogadores, a escassos metros ao lado, assistiam orgulhosas e sorridentes ao que se passava. Até que chegou a invasão...