Mais uma do Arguido Mor

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Fonte
Correio da Manhã
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, divulgou ontem, no site oficial do clube, extracto do primeiro interrogatório judicial feito no Tribunal de Gondomar no dia da sua prisão (7 de Dezembro de 2004), a propósito do seu rendimento. Nessa altura e segundo a cópia do documento que diz que se encontra anexa aos processos que ainda correm na Justiça, o líder dos azuis-e-brancos garantiu à juíza Ana Cláudia Nogueira, no Tribunal de Gondomar, que ganhava dez mil euros por mês, usufruindo ainda de um carro (Jaguar) e de cartão de crédito para as despesas de representação. Pinto da Costa assegurou ainda não ser possuidor de qualquer bem, sendo que a casa onde reside foi comprada em regime de crédito bancário e que, pela mesma, paga cerca de mil euros mensais ao banco. A questão não é nova e surgiu mais uma vez depois de ter sido aventado, num programa televisivo, que Pinto da Costa teria dito à juíza de Gondomar só ter um rendimento mensal de 400 euros. O mesmo, aliás, já teria sido desmentido pelo próprio, tanto mais que as contas da SAD do Porto são auditadas e o vencimento dos administradores é público aquando da apresentação do relatório e contas. A veracidade do documento agora revelado por Pinto da Costa não pode ser aferido, por o processo se encontrar em segredo de justiça a pedido do próprio. Usando uma prerrogativa legal, o líder dos azuis-e-brancos requereu a exclusão da publicidade dos processos onde foi acusado. PRÉMIO INFLACIONA SALÁRIOS Na declaração de IRS de 2005 Pinto da Costa declarou um rendimento de 740 mil euros. Esta verba foi paga integralmente pela FC Porto SAD. Estes rendimentos, muito superiores ao salário normal, terão sido inflacionados pelo pagamento de prémios aos elementos da administração da SAD. Esta faculdade está prevista nos estatutos da SAD portista que referem que a “remuneração dos membros dos cargos sociais será fixada em assembleia geral, podendo ser salário, percentagem nos lucros ou outros benefícios”. A atribuição de um prémio de gestão à administração foi contestada por um sócio e accionista, Alexandre Pinto Magalhães, ex-vice-presidente de Pinto da Costa. O Jaguar S-Type (gasóleo) que Pinto da Costa conduzia no dia 7 Dezembro de 2004, quando foi interrogado no Tribunal de Gondomar, custou cerca de 50 mil euros. O motor tem 2720 centímetros cúbicos (207 cv). (nunca mais engavetam este cabrão)