MANUEL VILARINHO CRITICA INSINUAÇÕES DE RUI CUNHA

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abola
MANUEL VILARINHO CRITICA INSINUAÇÕES DE RUI CUNHA, DEFENDE HONRA DE TINOCO DE FARIA E DEIXA ALERTA «Na praça pública, NÃO!» Por GONÇALO GUIMARÃES Oex-presidente encarnado, agora líder da Mesa da Assembleia Geral e, como tal, primeiro representante dos sócios, está «aborrecido, triste e preocupado» com a polémica que marcou os últimos dias, envolvendo elementos dos órgãos sociais do clube. Vilarinho esclarece a A BOLA as insinuações de Rui Cunha sobre Tinoco de Faria e defende a marcação de um novo plenário, para que termine a discussão na praça pública. «Quem está a ficar mal na fotografia é o Benfica!», alerta. Tudo começou com as críticas de José Andrade e Sousa, ex-líder do departamento jurídico, ao presidente Luís Filipe Vieira e ao administrador executivo Domingos Soares de Oliveira. Tinoco de Faria, ex-membro da Direcção e agora vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, solidariezou-se com algumas questões levantadas por Andrade e Sousa — não concorda, por exemplo, com o facto de alguns lugares de relevo do clube serem ocupados por não benfiquistas — provocando várias reacções. Desde logo o vice Fernando Tavares e o vice do clube e administrador da SAD, Rui Cunha, este último particularmente corrosivo para Tinoco de Faria, afirmando que o vice-presidente da Assembleia Geral se deveria demitir e afirmando: «Não somos nós os advogados de empresas que são fornecedoras de serviços do Benfica e nem sequer somos nós que apresentamos contas de honorários de escritórios de advogados.» Os honorários e as funções na TBZ Contactado por A BOLA e convidado a pronunciar-se sobre toda a situação, Manuel Vilarinho, o homem que venceu Vale e Azevedo e iniciou o denominado caminho da credibilidade, depois prosseguido por Vieira, não conteve o desabafo. «Estou bastante aborrecido, chateado e triste com tudo isto, pois tenho visto coisas nos jornais que devem ser discutidas no seio dos órgãos competentes do clube, nomeadamente o plenário dos órgãos sociais. Na praça pública é que não!», alertou, afirmando-se «particularmente chocado» com as «insinuações graves e encapotadas» de Rui Cunha sobre Tinoco de Faria. «São palavras sem o mínimo de cabimento e que colocam em causa a honra, honestidade e idoneidade do doutor Tinoco de Faria, pessoa que muito prezo e que conheço há muitos anos», frisou. E passou a explicar: «Não foi o doutor Tinoco quem apresentou contas de honorários, mas sim um colega do escritório de advogados dele, o doutor José Marchueta, sob a minha inteira responsabilidade. Quando entrei no Benfica tínhamos muitos processos judiciais para resolver e eu precisava de pessoas da minha confiança e que fossem rápidas e eficazes. Ora, o doutor Marchueta, que até nem é sócio do Benfica, tinha sido meu colega de curso e é extremamente competente, por isso o escolhi», recordou, passando a esclarecer outra das insinuações: «O doutor Tinoco é advogado da TBZ [n. d. r. empresa que gere o merchandising do Benfica] e não vejo qualquer incompatibilidade ou inconveniente, uma vez que já não tem funções executivas no clube. E se existisse um diferendo entre o Benfica e TBZ, ele não interviria. É um homem muito honesto, digno e honrado.» Vilarinho diz que o Benfica não pode passar uma imagem errada, de «regabofe», e defende a marcação de novo plenário. «É entre nós que temos de falar. Não há roupa suja para lavar e, mesmo que houvesse, não poderia ser lavada na praça pública. Quem fica mal na fotografia é o Benfica», concluiu.