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Moreira está nos Jogos Olímpicos, Quim e Yannick vão disputar a titularidade na pré-eliminatória da Liga dos Campeões e nos primeiros jogos do campeonato. Qual deles será o titular? O francês começou a época mais cedo que os restantes concorrentes, poderá conquistar algumas vantagens face a isso, além disso não sofreu qualquer golo nos três primeiros jogos, claudicou apenas com o RealMadrid. Quim é jogador de Selecção, logo estará mais habituado a lidar com a pressão. Um factor de peso que provavelmente lhe valerá alguns pontos. Seja como for, não será decisão fácil para Trapattoni.
Os defesas
Num dos sectores que maiores críticas originou durante a última época, as grandes novidades foram as contratações de Amoreirinha e Dos Santos. Muito se falou da necessidade de mais um central, mas o treinador italiano acabaria por desistir da ideia depois de constatar que o jovem (19 anos) conquistado ao Alverca tem potencialidades para agarrar o lugar e relegar para o banco de suplentes jogadores com mais experiência. Agora que Luisão já chegou (fará hoje o primeiro treino sob o comando de Trapattoni), não deixará de constituir saudável dor de cabeça para o treinador escolher a dupla de centrais. Aparentemente Ricardo Rocha leva vantagem, pois está em grande forma, mas que ninguém se surpreenda se Amoreirinha surgir de início frente ao Anderlecht. Nas alas, poucas dúvidas: Miguel é dono e senhor da direita; na esquerda, e pelo que se tem visto, Dos Santos tem boas hipóteses de relegar Fyssas para suplente, uma vez que o grego está com dificuldades para encontrar a suamelhor forma. De resto, o cabo-verdiano surpreendeu pela sua consistência defensiva. O Benfica andou vários anos há procura de um lateral esquerdo, esta época tem dois para o que der e vier.
Médios
O Benfica perdeu Tiago, conquistou Paulo Almeida, Bruno Aguiar, e Everson . Este último é ainda um perfeito desconhecido, relativamente aos restantes já deu para perceber que não será fácil para Trapattoni encaixá-los na equipa. O ex-Santos foi determinante nos três primeiros jogos, sendo o pilar do meio-campo no apoio sobretudo aos defesas. Mas começou a perder protagonismo a partir do momento em que Petit regressa à equipa. E será aqui que resi- dem boa parte dos problemas sentidos pela equipa nos jogos já efectuados, isto porque Petit e Paulo Almeida têm as mesmas características, não se complementam. São concorrentes a ummesmo lugar na equipa e dificilmente poderão jogar lado a lado. Mais intensa será ainda a luta avançando alguns metros no terreno. Será por isso interessante perceber como pensa Trapattoni colocar Everson, ou Bruno Aguiar, ou Geovanni, ou Zahovic, ou Manuel Fernandes. A conclusão é óbvia: o banco de suplentes será reforçado com muita qualidade. No meio disto tudo, apenas Simão aparece com o papel de intocável, lá no lado esquerdo.
Os avançados
O esquema táctico de Trapattoni (que para já difere entre o 4x1x4x1 e o 4x2x3x1) está bom de ver que privilegia somente um ponta-de-lança. A Nuno Gomes, Sokota e Mantorras e junta-se agora Karadas. Ou seja, será intensa a luta por um lugar no onze. Sokota é, por agora, o que tem mais minutos na pernas, mas apenas um golo frente ao modesto Carouge, não deixando de constituir alguma desilusão a aparente tristeza com que pauta as suas exibições. Já Mantorras anda nas nuvens com o seu regresso. A irreverência, o perfume africano do seu futebol está lá, falta um pouco mais de concentração para exteriorizar em resultados concretos todas as suas potencialidades. Trapattoni agradece!