Oito finais e duas finalíssimas

Fonte
abola.pt
É um Benfica que tem habituado os adeptos a muito sofrimento, exceptuando as goleadas ao V. Setúbal e Boavista. Vitórias à justa, exibições descoloridas, golos sofridos perto do final. Mas os números são claros: os encarnados têm neste momento apenas menos três pontos relativamente ao mesmo período da época passada e estão no primeiro lugar, colados ao FC Porto. O Benfica é, portanto, o único grande que conseguiu manter-se num plano regular (os dragões têm menos 17 pontos, os leões contam com menos 13). Festejos inéditos Para muitos, o triunfo na Choupana terá sido uma injecção de moral determinante. O plantel dá sinais de que pode voltar a fazer história e isso foi evidente na forma como festejaram no final do jogo frente ao Nacional: abraçaram-se, formaram uma roda e das suas gargantas saíram puros gritos de guerra. Nunca se tinha visto tal coisa nos 23 jogos anteriores do Campeonato. São dez as etapas até ao fim da corrida. Analisando o calendário, podemos dizer que Trapattoni tem pela frente oito trajectos em circuito plano e os últimos dois configuram-se num verdadeiro prémio de montanha: recepção ao Sporting e deslocação ao Estádio do Bessa. Vencer a SuperLiga desta forma seria o mesmo que acabar a Volta a Portugal na Serra da Estrela.. Ver o clássico com toda a atenção Analisando o calendário que falta, ressaltam vantagens e desvantagens para os três grandes - os eternos candidatos ao título, embora Boavista e Sp. Braga prometam luta até ao fim. O Benfica faz cinco jogos em casa e outros tantos fora, à semelhança do FC Porto. O Sporting, no entanto, disputará seis encontros em Alvalade e quatro fora de portas. Mas se o factor casa pesa mais para os leões, também é verdade que no jogo extra tem o FC Porto como adversário. É já na jornada 26.Um clássico que a águia olhará com muita atenção. Um empate seria, talvez, o melhor resultado para as águias. O encontro com o Gil Vicente, no sábado, será daqueles que encerram um grau de dificuldade menor (ver calendário e respectiva avaliação feita por A BOLA). Aliás, pode-se mesmo dizer que as próximos oito partidas não são, tradicionalmente, cabos de difícil dobragem. Mas se o fossem, o Benfica de Trapattoni, mesmo sem deslumbrar, já conseguiu mostrar, nos últimos dias, que dá-se bem com a história madastra: 12 anos depois empatou no Porto e anteontem venceu o Nacional nos 660 metros da Choupana, um feito inédito. Terá sido esta a semana mais importante da época, quando se previa que a águia caísse?