Paulo Almeida: três razões para não servir para o Benfica

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www.maisfutebol.iol.pt
1. Curto. Os jogos em que Paulo Almeida participou deram sempre a mesma sensação: não chega. O internacional sub-23 brasileiro tem uma amplitude de movimentos limitada, o que até pode resultar no seu país - já que a tendência é para se levar a bola pelo meio quase até à baliza contrária, salvo algumas boas excepções -, mas que não funciona num futebol mais veloz, mais duro e sobretudo mais disponível para percorrer zonas laterais do campo. Nos movimentos defensivos, os «encarnados» ficam fragilizados nas alas. No ataque, com 11 como ele, o Benfica não passava do meio-campo. Simples? 2. O que é ser tacticamente bom? A definição foi inventada para quem trabalha bonitinho, mas não tem qualquer assomo de genialidade, de ruptura para com o esquema do adversário, seja ele bom ou nem por isso. Cumprir ordens pode ter a importância para um treinador que goste de... ordem, mas ir além das mesmas é o que separa um bom jogador de um mediano. E pelo que mostrou, Paulo Almeida é bastante limitado. 3. Enquadramento. Com Petit, Paulo Almeida não funciona. O camisola 6 não pode fazer a vez de Tiago, o 5 não consegue ter a mesma disponibilidade de desarme e de choque que Petit. Sem este último em campo, o brasileiro nega profundidade ao jogo da equipa. Os criativos começam o trabalho bem mais atrás, têm mais atenção de quem defende, os ataques esbarram em muros sucessivos. Podem defender que a missão do brasileiro é... defender, com ou sem o «gémeo» ao lado, mas alguém tem dúvidas de que o miúdo Manuel Fernandes seja nesta altura melhor opção? Isso diz quase tudo.