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Chega a ser uma irónica coincidência que, esta manhã, Paulo Barbosa, empresário de Miguel, quase se tenha cruzado com a comitiva do Benfica no aeroporto da Portela. O defesa protagoniza o caso mais polémico deste arranque de época, depois de não se ter apresentado no Benfica, colocando em causa a validade do contrato renovado em 2003. O representante do internacional luso não se alongou em declarações, mas não colocou de parte uma resolução pacífica: «Nunca deixou de haver condições para um entendimento. Queremos ver o contrato. É um direito que assiste ao jogador. Em Portugal vê-se tudo de forma muito conservadora e pensa-se que os clubes podem fazer o que quiserem. Quando você faz uma escritura, se quiser vê-la pode fazê-lo. Acho curioso que um jornal desportivo tenha publicado o contrato quando o clube não o mostra. Acho curioso que o presidente [Luís Filipe Vieira] fale de um contrato de quatro anos quando o próprio jogador fala em três. É isso que queremos conhecer.»
Paulo Barbosa apontou ainda que Miguel «está no Algarve» e que «podia ter-se apresentado, uma vez que o Benfica estava a par da situação».
Durante a apresentação dos reforços encarnados, Luís Filipe Vieira mostrou-se optimista quanto a um retrocesso ou arrependimento do jogador e prometeu ao benfiquistas que a situação seria resolvida em breve. «É um jovem que todos queremos dentro de nossa casa e brevemente iremos encontrá-lo dentro dela novamente», afirmou o presidente do clube.
O caso continua, assim, sem um desfecho à vista. Certo é que este impasse faz com que o lateral-direito falhe o estágio da equipa na Suíça, que se inicia esta quarta-feira e se prolonga até dia 14.