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www.ojogo.pt
O Vitória de Setúbal já atingiu um dos objectivos da época - chegar à final do Jamor - e nas cogitações de José Rachão está agora a reedição da vitória alcançada sobre o Benfica em 1965 (3-1). O timoneiro setubalense vê, aliás, grande motivação nos seus pupilos. "A equipa está bem. Estamos motivados e, para nós, é um grande orgulho fazer este jogo passados 32 anos de o Setúbal ter disputado a sua última final no Jamor [vencida pelo Sporting, por 3-2]."
Rachão quer "homenagear os vivos e os mortos", pois "há uma geração que tem o direito e o dever de ver o Vitória na final da Taça", que é simplesmente a partida mais relevante de toda a época. "Não há dúvidas sobre isso, independentemente de termos conseguido alcançar um lugar na Taça UEFA e estar garantida a presença na Supertaça. Se ganharmos este jogo será um grande orgulho. É o jogo mais importante do Vitória."
Os festejos em tons de vermelho têm-se arrastado ao longo da semana, mas o treinador sadino garante que isso não poderá entrar nas contas vitorianas. "Os jogadores do Vitória têm grande personalidade. O Benfica tinha todo o direito de festejar o título, mas nós não podemos pensar nisso. É sempre uma questão psicológica, que não se consegue medir. Quando começar o jogo, a minha equipa estará muito concentrada, tal como o Benfica", esclarece.
Ao longo da época prestes a concluir-se, o Setúbal caiu aos pés da águia nos dois jogos da SuperLiga em que as equipas se defrontaram. Primeiro na Luz, ainda com José Couceiro ao leme da equipa, e depois no Bonfim, já com Rachão no comando técnico. Factos são factos, mas o ex-treinador do Torreense prefere reportar-se à mais recente campanha dos seus pupilos. "Não sou de me agarrar às coisas negativas. No jogo que fizemos no Bonfim, até à meia hora estávamos empatados, mas, com a expulsão do Veríssimo, foi difícil para nós jogar com dez. Isto é uma final e obriga a outros níveis de concentração. Nos últimos nove jogos, só perdemos um e queremos continuar assim", salienta.