Roger: «Melhores dias virão»

Fonte
www.record.pt
Inconsolável. Este é o termo que melhor define o estado de espírito de Roger no final do encontro com o Barcelona. Após longa ausência por lesão, o camisola 8 dos encarnados regressou aos relvados ontem à noite, mas teve a infelicidade de se voltar a lesionar contraindo uma entorse no pé esquerdo que o deve afastar das próximas jornadas da SuperLiga. "Não sei se foi por colocar o pé num buraco do relvado que não está lá muito bom, ou se me lesionei sozinho", começou por dizer Roger que não se apercebeu muito bem do que aconteceu naquele lance aos 33 minutos após ganhar a bola a Mendieta. Depois de se inteirar se as imagens televisivas haviam mostrado bem o lance fatídico – "telefonaram-me a dizer que se via o meu pé todo torcido e o tornozelo quase a bater no chão", referiu o avançado –, o brasileiro lá desabafou que "infelizmente os jogadores passam por estas situações". "Tive a infelicidade de me lesionar novamente, mas acho que não vai haver problemas de maior", afirmou Roger, frisando a esperança numa recuperação o mais rápida possível: "É preciso ter força e acreditar que melhores dias virão". Contudo, o brasileiro abandonou o Estádio da Luz a coxear bastante da perna esquerda, apesar de garantir não sentir muitas dores. "Agora não me dói muito, o pior foi ao intervalo. Depois de me lesionar ainda voltei a jogar porque estava quente e não sentia muitas dores. Mas, quando arrefeci...", queixou-se Roger que frisou o seu optimismo: "Quem já passou por uma pode passar pela segunda." Confortado por alguns adeptos à porta do estádio, o brasileiro ainda deu vários autógrafos enquanto traçou as primeiras previsões sobre o tempo de paragem. "Ainda é cedo para falar disso. Amanhã [hoje] quando passarem 12 ou 16 horas sobre a lesão é que se poderá fazer uma avaliação mais detalhada sobre a lesão que espero não seja muito grave", referiu Roger com um sorriso carregado de esperança. Esquecendo o azar daquele lance aos 33 minutos, o avançado benfiquista comentou o regresso ao relvado que já não pisava desde a partida com o Gondomar, em Novembro. "Estava um pouco fora de ritmo. Senti-me um bocadinho enferrujado – expressão que motivou o sorriso dos adeptos presentes –, mas isso é natural porque já não jogava há mais de dois meses. Contudo, estava a sentir-me bem mesmo estando a treinar com os meus companheiros apenas há uma semana", referiu. Questionado se tinha sentido alguns sintomas da pubalgia que tem afectado, Roger mostrou-se satisfeito. "Acredito que esse problema está definitivamente resolvido porque não senti qualquer tipo de dor nos minutos em que estive a jogar", garantiu. Ou seja, no meio do azar de se ter lesionado novamente resta o consolo de não ter de ser operado à pubalgia. Relvado é problema já antigo Roger queixou-se do estado do relvado, provavelmente um dos factores responsáveis pela lesão contraída pelo brasileiro ontem à noite. A relva da Luz é, aliás, uma queixa antiga de vários técnicos benfiquistas. Camacho tem sido um dos mais críticos. Nas vésperas do jogo com o Marítimo, o técnico disse mesmo que "no estado em que está a relva, é preferível jogar fora de casa".