Simão pode jogar na Madeira

Fonte
www.abola.pt
O processo sumaríssimo instaurado a Simão Sabrosa, pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, na sequência de um alegada agressão do capitão encarnado a Alex, no encontro com o V. Guimarães, deverá arrastar-se, pelo menos, até segunda-feira. Por isso, o camisola 20 poderá alinhar frente ao Nacional da Madeira. Trata-se, sem dúvida, de uma boa notícia para a equipa técnica e SAD, tendo em conta que as baterias estão a ser apontadas, essencialmente, para a SuperLiga. E a ausência do melhor marcador da equipa representaria grande contratempo na deslocação a um terreno onde o Benfica não ganha há 14 anos— derrotas nas duas últimas épocas e o afastamento dos madeirenses do principal escalão justificam o hiato. Alex será uma das três testemunhas A demora na resolução do sumaríssimo deve-se à defesa imediatamente apresentada pelo Benfica, à semelhança do que aconteceu com o caso McCarthy, cuja decisão só foi conhecida três semanas depois da agressão do sul-africano a um adversário. Os encarnados exigiram a inquirição de três testemunhas, que poderão vir a ter um papel determinante no juízo. Uma delas será o chefe do departamento de prospecção do clube, Rui Oliveira, homem ligado ao futebol há décadas, que terá amissão de explicar aos juízes que o gesto de Simão foi espontâneo, que a abertura dos braços permitemaior impulsão — sem preparar o salto, o capitão dificilmente ganha uma bola devido à baixa estatura. A segunda testemunha arrolada terá maior peso: nem mais nem menos que a vítima. Contactado por A BOLA, Alex afirmou não ter recebido qualquer notificação, mas admitiu que irá confirmar à comissão o mesmo que disse ao nosso jornal: «Foi um lance normal ». Auxiliar poderá ser chamado A terceira testemunha continua em segredo, mas é crível que possa ser um dos auxiliares de Hélio Santos, o árbitro do jogo. Décio Cordeiro estava muito próximo no momento da alegada agressão e, a confirmar-se a sua inquirição, as suas declarações poderão ser decisivas, uma vez que os processos sumaríssimos só se aplicam quando o lance que origina sanção passa despercebido ao trio de juízes de campo. Resta saber quanto tempo vai demorar o processo. Se o extremo for castigado (dois jogos), a decisão só será tomada, no mínimo, sexta-feira—mas com a notificação a sair na segunda —, nunca antes.