Super Simão

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Fonte
www.abola.pt
Muitas e muitas vezes Simão Sabrosa tem carregado o Benfica às costas. É justo, no mínimo, reconhecer este facto. O capitão é a grande referência da equipa, dentro do campo, e os colegas estão sempre à procura de uma linha de passe para lhe entregar a bola. Sente-se, percebe-se. A sua influência no jogo encarnado é de tal forma gritante que, muitas vezes, as suas actuações são olhadas e analisadas de forma injusta, como se lhe coubesse a ingrata tarefa de resolver sempre os problemas que o colectivo possa apresentar. Não resolve sempre, é verdade, mas resolve muitas vezes. Dos seus pés nascem pontos e vitórias, magia em movimento, encanto do futebol. Se números fossem precisos para justificar estes argumentos, eles revelam uma realidade simplesmente impressionante. Simão já vestiu 137 vezes a camisola do Benfica, em todas as competições, tendo apontado um total de 63 golos — 54 na SuperLiga, 6 nas competições europeias e 3 na Taça de Portugal (um dos quais, frente ao FC Porto, na temporada passada, que valeu a conquista do troféu às águias). Notável, para um extremo. «El matador»! Simão, 25 anos, está a cumprir a quarta época na Luz e nas duas últimas temporadas sagrou-se melhor marcador da equipa, com 18 e 12 golos respectivamente. Só no ano de estreia não liderou esta lista , uma vez que Mantorras fez mais dois remates certeiros (13 contra 11). Esta tendência tem-se acentuado em 2004/2005, levando já 13 golos (menos três apenas que Liedson, líder da Bola de Prata) e tendo bisado em quatro ocasiões (três na SuperLiga e uma nas competições europeias). É ainda letal nas assistências para golo. Tendo em conta todas as competições oficiais, contabiliza até ao momento um total de 19 golos marcados. Não é por acaso que Giovanni Trapattoni «dá graças a Deus» por ter Simão — palavras do treinador italiano em conferência de Imprensa — uma vez que, sobretudo na altura em que a equipa se debateu com inúmeras lesões, o camisola 20 aguentou o barco. De resto, o capitão não se limita a resolver jogos lá à frente, é o primeiro a recuar na hora de defender. Vai à luta, dá a cara pelo grupo dentro e fora do relvado. É assim um capitão. É por isso que Simão tem sido um super-Simão para o Benfica. Para mais, com uma sequência de jogos impressionante, o extremo nunca foi obrigado a parar por lesão (ver caixa em baixo). Simão é um jogador de eleição e a grande figura do Benfica. É inegável.