A surpresa é... Diego?

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A BOLA On-Line
A surpresa é... Diego? DIEGO, o jovem craque brasileiro do Santos, é uma hipótese de reforço para o Benfica. A BOLA surpreendeu ontem o pai do jogador e o director desportivo do Santos num hotel da linha do Estoril, acompanhados por Lourenço Pereira Coelho, homem de confiança de José Veiga. O dirigente do Santos, Francisco Lopes, mostrou-se altamente irritado pela presença dos jornalistas de A BOLA e fez mesmo ameaças. O nosso jornal apurou, entretanto, que o negócio, sendo possível, é também igualmente difícil, dadas as exigências do Santos, clube com o qual Diego tem ainda mais um ano de contrato. Diego, 19 anos, está de momento integrado na selecção do Brasil que amanhã joga a final da Copa América, no Perú. Contactado telefonicamente por A BOLA, o jovem Diego Ribas da Cunha afirmou desconhecer qualquer possibilidade de ingressar no Benfica. A BOLA sabe, aliás, que nos últimos dias o craque do Santos apenas fez perguntas sobre o FC Porto a alguns dos companheiros de selecção. «Sinceramente não sei de nada, não escutei nada. Estou aqui concentrado na selecção e não sei... Mas também estive em viagem e hoje (ontem) ainda não consegui falar com o meu pai», disse Diego a A BOLA. A verdade é que o seu pai, Djair Cunha, e o dirigente do Santos, Francisco Lopes, chegaram ontem a Lisboa e instalaram-se num hotel da Linha. Já ao princípio desta madrugada, os jornalistas de A BOLA surpreenderam-nos a regressar ao hotel na companhia de Lourenço Pereira Coelho, o homem que José Veiga levou para trabalhar junto de si na SAD do Benfica. Não é, evidentemente, esse facto que torna Diego jogador do Benfica. A BOLA sabe que o ingresso do jovem craque na Luz é uma hipótese, mas também sabe que o negócio será difícil dadas as exigências do Santos, que já chegou a pedir 12 milhões de euros pelo jogador. Acontece que Diego tem apenas mais um ano de contrato com o Santos (o clube detém apenas 50 por cento do seu passe, e o pai de Diego os outros 50 por cento) e, portanto, passa a ser indispensável ao clube brasileiro negociar agora o jogador, sob pena de o perder a custo zero dentro de doze meses. Por outro lado, informação não confirmada ontem dava-nos conta de que o empresário Juan Figger (com quem o Benfica mantém excelentes relações) estaria próximo de adquirir os 50 por cento do passe de Diego que pertencem ao Santos. Essa aquisição poderia, então, facilitar um pouco mais as coisas, uma vez que Figger (que detém parte do passe do benfiquista Luisão) abriria eventualmente caminho a um entendimento com os encarnados. Naturalmente, o Benfica estará apenas na posição de expectativa; tentará tornar o negócio possível na perspectiva de adquirir apenas parte (maior ou menor, conforme o cenário de discussão) do passe de Diego (20 por cento, 30 por cento?), de modo a abrir as portas da Europa ao jovem jogador para que este possa, dentro de um ano ou dois, dar o salto para um clube de maiores recursos financetros, nomeadamente em Espanha ou Itália. Sendo apenas uma hipótese, no momento, a vinda de Diego encantaria certamente os adeptos benfiquistas e seria (será?) uma extraordinária surpresa para anunciar amanhã, dia do Benfica-Real Madrid, integrado na festa do Centenário. Diego chegou a ser dado como possível reforço do FC Porto, que há muito encetara negociações para a transferência do jovem jogador, já uma das principais referências do futebol brasileiro