Trap prepara Mantorras

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Fonte
www.abola.pt
A chamada de Mantorras para o jogo com o Penafiel surpreendeu tudo e todos. Já se sabia, contudo, que o angolano só seria utilizado em caso extremo, mesmo que o público tenha gritado insistentemente o seu nome. Amanhã, frente à AD Oliveirense, para a Taça de Portugal, o cenário é bem diferente e bem mais propício ao tão aguardado regresso do avançado. Aliás, era em idênticas circunstâncias que Trapattoni pretendia lançar Alcides pela primeira vez, mas as contingências inerentes a tantas ausências forçadas levaram o treinador a alterar os planos. Em boa hora, diga-se, porque Alcides deixou água na boca na estreia, anteontem. No final do treino de ontem, quando todos os jogadores já haviam regressado aos balneários, Trapattoni e Mantorras permaneceram no relvado do Estádio da Luz, junto a uma das balizas. Horas extraordinárias — permita-se a expressão, na verdade foram quinze minutos — que serviram para vários exercícios específicos, nomeadamente no capítulo do passe e recepção. O preparador físico Fausto Rossi também deu uma ajuda, perante o olhar atento do secretário técnico Shéu Han e dos jornalistas. Um forte indício de que, amanhã (18 horas), frente a um adversário da III Divisão, série A, Mantorras pode ter a sua oportunidade (por poucos minutos que seja) e, assim, partir para férias com outra disposição. Tudo dependerá, contudo, do decorrer do encontro e do próprio resultado. Que saudades! Desde o dia 7 de Dezembro de 2002 que Mantorras não actua em jogos oficiais. A última vez foi em Alvalade, na vitória por 2-0, com José Antonio Camacho no comando técnico. Jogou 77 minutos. O angolano voltou aos relvados durante a pré-temporada, mas ainda a meio gás. Um total de 151 minutos de utilização, distribuídos por quatro adversários: Étoile Carouge, Real Madrid, Bétis de Sevilha e Sp. Braga. Foi mesmo na cidade dos arcebispos (1-1) que teve o seu último registo: 10 minutos em campo no dia 1 de Agosto. Seguiu-se nova intervenção cirúrgica ao joelho direito, cinco dias depois. O calvário parece agora, novamente, perto do final, mesmo que a condição física esteja longe de ser a ideal.