Uma injustiça

RICARDO LEMOS Paulo Costa afastou Simão Sabrosa do último compromisso desportivo do Benfica neste ano, impedido-o de estar presente na deslocação à Amadora. Uma decisão errada do juiz do Porto, que mostrou o segundo cartão amarelo ao camisola 20 da Luz, frente à Académica de Coimbra, num lance disputado no meio-campo ofensivo dos estudantes e desenrolado nas barbas de um dos seus assistentes, que assinalou... lançamento de linha lateral. Paulo Costa, no entanto, viu à distância aquilo que o seu auxiliar, a escassos centímetros não detectou, e, mais do que a falta apontada, mostrou o cartão amarelo a Simão. Foi o segundo, seguido do vermelho, bem como um sorriso e palavras de circunstância. "Boas férias e até para o ano", poderia mesmo ter desejado o árbitro ao atleta, que só volta a competir no dérbi com o Sporting, no dia 4 de Janeiro. Não sei se Simão teria grande vontade de retribuir os votos... e também não acredito que se juntem para a ceia de Natal. A verdade é que José António Camacho não poderá contar com um atleta - e citando o próprio - fundamental para a estratégia da equipa. É um facto que o treinador foi o primeiro a desvalorizar a ausência do extremo na deslocação à Reboleira ("jogará outro, paciência", disse), mas não deixa de ser um facto que a equipa da Luz perde "apenas" o seu melhor marcador na SuperLiga. E tudo por causa de um erro de Paulo Costa. Mas não foi o único. Roger caiu à entrada da área contrária, o juiz mandou seguir e... deu um cartão amarelo a Simão Sabrosa. Já no final, foi Nuno Gomes que fugiu a Tonel e seguiu isolado para o confronto com Fouhami. Paulo Costa decidiu anular o lance, devido a uma falta que ninguém viu. Ainda assim, Nuno Gomes teve sorte. Não viu o cartão amarelo...