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O Jogo
Vale e Azevedo reafirmou no Tribunal Criminal de Lisboa estar inocente dos crimes de peculato, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, dos quais é acusado no âmbito do processo Euroárea. "Não cometi nenhum crime, não falsifiquei nenhum documento, não branqueei nenhum capital e não me apropriei indevidamente de nenhuma verba", afirmou Vale e Azevedo perante o colectivo de juízes da 8ª vara (2ª secção), após ouvir a leitura do despacho de pronúncia (acusação) na primeira sessão do julgamento. Vale e Azevedo é acusado de um crime de peculato, três de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, em co-autoria, relacionados com a venda de terrenos do Benfica, no âmbito do caso Euroárea. António Leitão, director financeiro do clube durante a presidência de Vale e Azevedo, é outro arguido do processo, sendo acusado de três crimes de falsificação de documentos, em co-autoria. Em causa estão contratos de promessa de compra e venda de terrenos localizados no Seixal e da urbanização Sul do Benfica (situada nas imediações do futuro estádio da Luz), negócio que,alegadamente, permitiu a Vale e Azevedo apropriar-se indevidamente de cinco milhões de euros sem o conhecimento dos órgãos sociais do clube. Vale e Azevedo falou em sua defesa durante uma hora, alegando ser credor do Benfica em 1,5 milhões de contos (7,5 milhões de euros), dizendo ainda não ter capacidade técnica para forjar documentos, nem ter depositado o cheque de um milhão de contos (cinco milhões de euros) da empresa Euroárea na conta corrente (no banco Barclays) existente entre o clube e a Vale e Azevedo, Associados. A próxima sessão do julgamento está marcada para 18 de Junho, às 14 h.