Vale Tudo no banco dos réus - Caso EUROÁREA

Fonte
Mais Futebol
O julgamento do «Caso Euroárea», que se inicia esta quarta-feira no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, com o ex-presidente do Benfica Vale e Azevedo como arguido, só vai ser presenciado por quatro jornalistas, devido à exiguidade da sala de audiências. Num despacho, a presidente do colectivo de juízes, Ana Teresa Carvalho, determinou que só serão reservados quatro lugares para os jornalistas, podendo o número aumentar se for disponibilizada uma sala mais ampla. A juíza determina ainda que serão os membros dos órgãos de comunicação social a acordar entre si a ocupação dos lugares. A presidente do colectivo da 8ª vara proibiu ainda a reprodução de qualquer documento do processo e a recolha de imagens e som da sala de audiências, bem como a transmissão de imagens de qualquer magistrado judicial e do Ministério Público sem autorização pessoal dos mesmos. Devido ao número de órgãos de comunicação social de âmbito nacional existentes em Portugal e, dado que o processo é mediático, prevê-se que a escolha de jornalistas não seja pacífica, podendo repetir-se o que aconteceu no início do julgamento do «caso Ovchinnikov». No julgamento, em que Vale e Azevedo foi condenado a quatro anos e meio de prisão, a reduzida dimensão da sala gerou alguma confusão, nomeadamente na primeira sessão, com os jornalistas a serem privados de assistir por não haver lugares suficientes para todos. Na ocasião, foi elaborado um requerimento, enviado ao Sindicato dos Jornalistas, Conselho Superior de Magistratura e Alta Autoridade para a Comunicação Social, no qual os jornalistas reclamaram a revisão das condições de trabalho nos tribunais portugueses «para que o segredo de justiça não se transformasse numa justiça em segredo».