Voando pelas asas do “Manel”

Fonte
slbenfica.pt
A equipa do Benfica alcançou no Bonfim uma vitória inquestionável, apresentando um futebol bastante adulto e saindo de terreno com a consciência de que os três pontos não lhe poderiam escapar, mercê da excelente exibição. Tratou-se de uma vitória de um todo, mas onde se destacou Manuel Fernandes, a jovem pérola que brilha cada vez mais intensamente no meio-campo da turma da Luz. Na baliza “morou” Quim, um guarda-redes sujeito a pouco trabalho (se excluirmos os minutos iniciais, onde teve de realizar grande defesa a remate de Jorginho), mas sempre muito atento. O pouco trabalho que o guardião teve esta noite, deveu-se, em muito, à excelente prestação do quarteto defensivo, onde Ricardo Rocha mostrou a habitual solidez, dando poucas hipóteses a Bruno Moraes. O ex-bracarense foi bem acompanhado por Miguel que sempre que subiu no terreno fez estragos na defensiva sadina. Luisão realizou um jogo em crescendo. Não abanou com dois erros iniciais e soube ser o garante da estabilidade que se viveu na zona defensiva “encarnada”. Dos Santos não fugiu à regra do quarteto e chegou mesmo a ser o primeiro a causar perigo na baliza de Paulo Ribeiro, centrando directamente para o poste à passagem do primeiro quarto de hora de jogo. No meio-campo brilhou de forma cintilante Manuel Fernandes que, apesar de ter perdido o precioso apoio de Petit (lesionado nas costelas) logo no primeiro minuto de jogo, não se retraiu e pegou na batuta do jogo “encarnado”. Além de ser uma autêntica carraça para os adversários, “Manel” passa bem, desmarca melhor e remata com pontaria. Que o diga Paulo Ribeiro no primeiro golo do jogo. Ao seu lado, Bruno Aguiar (que entrou para o lugar do lesionado Petit), arrancou uma das melhores prestações da temporada, sabendo preencher os espaços do meio-campo e ajudando na enorme fluidez de jogo da equipa. Geovanni e Simão exibiram-se a níveis muito semelhantes, deambulando entre os flancos e o centro do terreno, emprestando velocidade à equipa e ajudando os laterais em tarefas defensivas. O brasileiro apontou o segundo golo num remate forte e feliz, enquanto que o primeiro começou a resolver o jogo quando roubou uma bola a Veríssimo, num lance que culminaria da expulsão do central. Nuno Assis regressou à equipa e em boa hora o fez porque é de facto uma peça fundamental neste Benfica, emprestando arte e inteligência a cada jogada da equipa. Quanto a Karadas, mostrou o habitual poder de choque, apesar de não ter conseguido muitos espaços para rematar. Foi ele o primeiro defesa deste Benfica. Nota final para as entradas em jogo de João Pereira (criou a última oportunidade de golo do encontro) e Mantorras, que jogaram alguns minutos.