zepelim caiu

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Fonte
JN
O "ovni" caiu. O nevoeiro cerrado cobriu a praia de Paramos, em Espinho, e cegou o zepelim, que está a colher as imagens dos jogos para Euro Broadcasting Services (EBS). De regresso do Estádio do Dragão rumo ao aeródromo espinhense, a piloto americana foi surpreendida pela fraca visibilidade e tentou uma aterragem no areal. O dirigível embateu no esporão e despenhou-se no mar a cerca de 150 metros da costa. Os dois ocupantes (a piloto e o operador de câmara) foram resgatados sem ferimentos. O primeiro socorro partiu, cerca das 20 horas, dos populares. O herói tem apenas 21 anos e já é a segunda vez que auxilia náufragos no mar de Paramos. João Gomes, filho do proprietário do café Zé da Banana, que fica a poucos metros da praia e na vizinhança do aeródromo, soube do acidente pela irmã. Desde a chegada a Espinho, o zepelim - depois ter sido confundido com um ovni no dia em que chegou a Paramos - tem sido a estrela aeronáutica da freguesia. A queda deixou a população em alvoroço. "Moramos perto e ouvimos o barulho. Foi um estrondo. Se não fosse o João, os estrangeiros tinham morrido. Com o nevoeiro muito fechado, não se via absolutamente nada. A sorte deles é que a maré estava a encher, porque este mar é perigoso", conta Dores Varandas, que se apressou a correr para a praia. O mesmo fizeram João e os sobrinhos. Pegou em duas pranchas e nos pés de pato e deitou-se à agua, mesmo com o nevoeiro a cegá-lo. Sem visibilidade, conseguiram encontrá-los no mar através de um diálogo de assobios. O outro piloto inglês do zepelim, Florin, que estava no aeródromo, também tentou resgatá-los. "Fiz-me à água para salvar a mulher e o homem que lá estavam, mas, ao ver o meu sobrinho Hugo a lançar-se do paredão, ainda fiquei mais aflito. Fui buscá-lo e trouxe-o para terra. Depois, fui buscar os outros", recorda João Gomes. A piloto, Sandy, mantinha-se à tona agarrada a um bidão. "Estava com poucas forças. Deu-lhe uma das pranchas, mas ela já não conseguia remar para terra", continua João. Os Bombeiros Voluntários de Espinho chegaram pouco depois e, com uma embaração, tiraram Sandy do mar. O operador de câmara, Steve, recebeu outra prancha das mãos de João e conseguiu remar para terra. "É a primeira vez na história dos bombeiros que vamos a um naufrágio de um dirígivel. Felizmente, tudo acabou bem", atenta o comandate dos Voluntários de Espinho, José Gomes Costa. Apesar de não terem ferimentos, os dois ocupantes foram conduzidos ao Hospital de Espinho. so visto :|