João Vale e Azevedo de novo acusado...

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João Vale e Azevedo, antigo presidente do Benfica, foi acusado formalmente esta quinta-feira pelo Ministério Público (MP) de falsificação e branqueamento de capitais, no âmbito do processo Euroárea, informa a agência Lusa.
A investigação do MP concluiu que Vale e Azevedo, com a colaboração de António Leitão, director da área financeira do clube - que também foi formalmente acusado no mesmo processo -, falsificou três contratos promessa de compra e venda dos terrenos Sul do Benfica, junto ao Estádio da Luz.
A falsificação terá permitido a Vale e Azevedo apropriar-se de cinco milhões de euros (cerca de um milhão de contos), que transferiu para as contas das sociedades que detém em Portugal, incluindo a sua firma de advogados, diz ainda a agência Lusa.
Nos contratos fictícios celebrados os terrenos do Seixal, destinados à construção do Centro de Estágios do Benfica, aparecem como tendo sido comprados por cinco milhões de euros, quando terão sido doados pela Euroárea como contrapartida do negócio dos terrenos sul, que a empresa comprou ao Benfica. Essa falsificação terá permitido enganar os restantes elementos da Direcção encarnada e os sócios, em assembleia geral.
Vale e Azevedo é assim acusado de três crimes de falsificação, dois de branqueamento de capitais e um de peculato. António Leitão é acusado de três crimes de falsificação.
O processo será julgado em separado do caso Ovchinnikov, que irá a julgamento já na próxima quarta-feira, no tribunal da Boa Hora. Assim, mesmo que o antigo presidente do Benfica seja considerado inocente nesse processo, deverá aguardar o julgamento do caso Euroárea em prisão preventiva.
Vale e Azevedo sujeita-se a uma pena de prisão até 12 anos pelo branqueamento de capitais, de um a cinco anos por falsificação e de um a oito anos por peculato.

Texto: www.maisfutebol.iol.pt